Israel confirma ter detido 'agente' do Hezbollah em operação no Líbano
Um oficial israelense confirmou, neste sábado (2), que havia "detido" um "agente libanês de alto nível do Hezbollah" em uma operação realizada por uma unidade de elite naval na cidade de Batrun, ao norte de Beirute.
"Um agente de alto nível do Hezbollah, que atua como especialista em seu campo, foi detido" em Batrun.
O homem, cuja identidade não foi divulgada, foi "trasladado para território israelense", onde "está sendo investigado" e interrogado em uma unidade dos serviços de inteligência militar, assinalou o militar, sem dar mais detalhes.
Horas antes, uma fonte militar no Líbano havia anunciado à AFP que um "comando naval" tinha sequestrado um civil" libanês e que estava realizando uma investigação sobre as circunstâncias do ocorrido.
Pouco depois, uma autoridade judicial apontou para Israel.
A agência nacional de informação libanesa (NNA) reportou, sem revelar a identidade do libanês sequestrado, que os fatos ocorreram ao amanhecer de sexta-feira em Batrun, a cerca de 50 km de Beirute.
Segundo a NNA, que citou moradores, "uma força militar" realizou um "desembarque no mar na costa de Batrun" e "se dirigiu com todo o seu armamento para um bangalô perto da praia e sequestrou um libanês antes de se afastar mar adentro em uma lancha rápida".
Um fotógrafo da AFP em Batrun viu neste sábado militares libaneses inspecionando a costa, perto do edifício onde o homem foi sequestrado.
Uma fonte próxima ao caso assegurou que o homem estava recebendo formação no Instituto de Ciências Marinhas e Tecnológicas (Marsati) e tinha cerca de 30 anos. Ele residia em alojamentos do instituto.
Esta é a primeira vez que ocorre este tipo de operação desde o início, há um ano, dos enfrentamentos entre o movimento islamista libanês Hezbollah e Israel, que em 23 de setembro entraram em guerra aberta.
O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, exortou o Ministério das Relações Exteriores a apresentar uma denúncia perante o Conselho de Segurança da ONU, segundo um comunicado publicado por seu gabinete.
Mikati afirmou que o exército libanês e a força de paz da ONU no Líbano também estavam investigando o caso.
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