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STOXX 600 marca pior mês em um ano devido a balanços e cautela com eleições nos EUA

31/10/2024 14h50

Por Ankika Biswas e Pranav Kashyap

(Reuters) - O índice pan-europeu STOXX 600 recuou mais de 1% nesta quinta-feira e registrou a maior queda mensal em um ano, pressionado por balanços corporativos fracos e com investidores à espera de mais clareza sobre as condições macroeconômicas e o resultado das eleições nos Estados Unidos.

O STOXX 600 fechou em queda de 1,20%, a 505,39 pontos, atingindo seu nível mais baixo desde meados de agosto, com o setor de varejo na liderança do declínio geral do mercado, com baixa de 4%.

O STOXX 600 registrou um declínio mensal de 3,4%, com os setores de tecnologia e imobiliário como os mais combalidos por uma forte tendência de venda neste mês.

O índice de referência da França foi o que apresentou a maior queda mensal entre seus pares regionais.

A acirrada eleição presidencial dos EUA manteve investidores atentos. A possibilidade de tarifas mais altas e o aumento dos orçamentos de defesa podem representar um golpe para uma economia europeia já combalida no caso de uma vitória de Donald Trump.

Também surgiu certa cautela após um aumento maior do que o esperado na inflação da zona do euro em outubro e a possibilidade de uma nova alta nos próximos meses, reforçando justificativa para cautela na flexibilização da política monetária do Banco Central Europeu (BCE). Isso ocorre após um corte de 25 pontos-base nas taxas de juros este mês.

"Esses dados (de inflação), juntamente com leituras do Produto Interno Bruto melhores do que o esperado em todo o bloco, devem ser suficientes para eliminar os riscos de que o BCE corte os juros em 50 pontos-base em dezembro", de acordo com Nick Rees, analista sênior de mercado de câmbio da Monex Europe.

"As pressões subjacentes sobre os preços continuam a diminuir, o que deve ser suficiente para ver uma sucessão de cortes de 25 pontos-base nas próximas reuniões."

Os balanços também não conseguiram empolgar investidores, com setores como empresas de luxo, montadoras e cervejarias, entre outros, prejudicados pela demanda chinesa fraca.

O setor de tecnologia foi um dos mais afetados, com o humor em relação ao setor piorando ainda mais após os relatórios trimestrais das gigantes da tecnologia dos EUA Meta e Microsoft.

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