Topo
Notícias

PF investiga mais de 30 pessoas por fraudes em vestibulares de medicina

Polícia Federal investiga fraudes em vestibulares de medicina  - Divulgação/Polícia Federal
Polícia Federal investiga fraudes em vestibulares de medicina Imagem: Divulgação/Polícia Federal
do UOL

Do UOL, em São Paulo

20/10/2024 21h51

A Polícia Federal deflagrou uma operação nesta semana para desarticular um esquema criminoso que fraudava vestibulares para cursos de medicina em faculdades particulares.

O que aconteceu

Mais de 30 pessoas estão sendo investigadas por participação no esquema, que é um desdobramento da Operação Passe Livre, deflagrada em fevereiro. A operação revelou fraudes no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) de 2022 e 2023, e as novas investigações apontam para a continuidade do grupo criminoso em outros processos seletivos.

A PF deflagrou a quarta fase da Operação Passe Livre em quatro estados na última quarta-feira (16). A ação ocorreu no Pará, Piauí, São Paulo e Tocantins, e teve como objetivo desarticular um esquema criminoso que fraudava vestibulares para ingresso em cursos de medicina.

Esquema funcionava mediante o pagamento de R$ 2 mil por candidato. O valor era destinado aos integrantes do grupo criminoso, que se encarregavam de resolver as questões das provas em nome dos candidatos.

Fraudes eram diversas. As fraudes variavam de permitir que terceiros acessassem as questões dos exames online até a realização completa da prova por membros do grupo. Em alguns casos, foi constatada a resolução simultânea de provas para nove candidatos, utilizando vários associados para garantir as respostas corretas.

Até agora, mais de 30 suspeitos estão diretamente ligados à fraude e poderão enfrentar sérias acusações. A Polícia Federal investiga a prática dos crimes de estelionato, associação criminosa, falsidade ideológica e uso de documento falso. Segundo nota oficial, os envolvidos demonstraram grande habilidade em burlar os sistemas de segurança das faculdades de medicina, que, neste momento, são tratadas como vítimas do esquema.

Faculdades, até o momento, são tratadas como vítimas do esquema. O delegado Ezequias Martins, responsável pela operação, destacou que, até o presente estágio da investigação, não há indícios de participação das faculdades nos crimes.

Notícias