Polícia acha 'resort' de luxo do traficante Peixão no Rio; veja vídeo
A Polícia Civil do Rio de Janeiro encontrou uma casa com lago artificial e academia que pertence ao traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, suspeito de chefiar o TCP (Terceiro Comando Puro), uma das facções criminosas em atuação no estado.
O que aconteceu
Polícia comparou casa a "resort de luxo". O espaço tem um lago artificial com carpas, área de lazer e uma academia completamente equipada. Imagens da estrela de Davi, símbolo judaico, estão espalhadas pela casa. O imóvel foi descoberto durante a Operação Êxodo, deflagrada nesta quinta-feira (10), pela Polícia Civil do Rio de Janeiro.
Peixão vivia no local, mas conseguiu fugir antes dos policiais chegarem ao local, segundo a polícia. No total, a operação cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão no Complexo de Israel (que abrange as regiões de Parada de Lucas, Vigário Geral e Cidade Alta) para desarticular o TCP.
Pelo menos oito pessoas ligadas à facção criminosa foram presas. O irmão de Peixão foi um dos alvos da operação, mas a polícia não revelou se ele foi detido. A Polícia Civil divulgou apenas o nome do traficante Alexsander Félix Barbio entre os presos. Também foi detido um criminoso foragido da Justiça da Bahia, que tinha proteção do TCP no Rio.
Facção liderada por Peixão atua em diversas frentes criminosas. Além do tráfico de drogas, o TCP pratica extorsões, roubo de cargas, homicídios e disputa territórios nas comunidades do Rio de Janeiro com outras facções, a exemplo do Comando Vermelho, maior organização criminosa do estado.
Apontado como líder do TCP, Peixão tem nove mandados de prisão em aberto por crimes diversos, como tráfico de drogas, homicídio e ocultação de cadáver. Ele nomeou de Complexo de Israel a região que compreende a Cidade Alta, Vigário Geral, Parada de Lucas, Cinco Bocas e Pica-pau, e persegue os adeptos de religiões de matriz africana que vivem nessas comunidades, além de extorquir os moradores, conforme a polícia.
O UOL tenta contato com a defesa de Álvaro Malaquias Santa Rosa. O espaço segue aberto para manifestação.