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Julgamento de Sean "Diddy" Combs por tráfico sexual é marcado para maio

10/10/2024 18h20

Por Luc Cohen

NOVA YORK (Reuters) - O cantor e produtor musical Sean "Diddy" Combs vai ser julgado por acusações federais de tráfico sexual e extorsão a partir de 5 de maio do ano que vem, decidiu um juiz de Nova York em audiência nesta quinta-feira, na qual o astro do hip hop, que está preso, jogou beijos para a família no tribunal.

Durante a audiência diante do juiz Arun Subramanian, em Manhattan, o advogado de Combs, Marc Agnifilo, verbalizou preocupações sobre o que chamou de vazamentos impróprios por agentes federais sobre o caso. A promotora Emily Jonhson afirmou que as alegações não possuem base factual.

Combs, de 54 anos, declarou-se inocente no dia 17 de setembro por três acusações de usar seu império de negócios -- incluindo a gravadora Bad Boy Entertainment -- para transportar garotas e garotos de programa para diferentes Estados com o intuito de participarem de performances sexuais gravadas, chamadas de “Freak Offs”.

A audiência desta quinta-feira foi a terceira aparição do astro no tribunal desde sua prisão, ocorrida em setembro.

Usando trajes de cor bege, típicos da prisão, Combs se levantou e jogou beijos para os membros de sua família sentados na plateia do tribunal após o término da audiência. Sua mãe e filhos compareceram à corte, afirmou o advogado de defesa Anthony Ricco no tribunal. Combs foi então levado por uma porta lateral por agentes federais.

A promotora afirmou que a atuação da promotoria no julgamento durará pelo menos três semanas. A defesa de Combs durará cerca de uma semana, disse Agnifilo.

Combs segue preso no Brooklyn. Seu recurso contra a decisão de um outro juiz, que negou a ele o direito a fiança, está pendente de julgamento.

O rapper e produtor pode pegar até prisão perpétua ou um mínimo de 15 anos de encarceramento caso seja considerado culpado das três acusações que enfrenta: extorsão, tráfico sexual e transporte para participar de prostituição.

Promotores afirmam que Combs seduzia mulheres, dando-lhes drogas como cetamina e ecstasy, além de apoio financeiro ou promessas de ajuda profissional ou de um relacionamento romântico.

Ele então usava gravações secretas dos atos sexuais como “garantia” do silêncio das mulheres, e por vezes usava armas para intimidar as vítimas dos abusos e outras testemunhas, afirmam os promotores.

O indiciamento não cita que Combs tenha participado diretamente de quaisquer atos sexuais sem consentimento com mulheres, embora ele tenha sido acusado de agredi-las fisicamente.

Agnifilo afirmou que os atos sexuais descritos pelos promotores foram consensuais.

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