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Autoridades resgatam corpo de menina que sumiu após deslizamento no AM

Deslizamento de terra em porto de Manacapuru (AM) - Reprodução/Redes sociais
Deslizamento de terra em porto de Manacapuru (AM) Imagem: Reprodução/Redes sociais
do UOL

Do UOL*, em São Paulo

10/10/2024 20h28Atualizada em 10/10/2024 20h47

Autoridades resgataram o corpo de uma menina de 6 anos que desapareceu após um deslizamento de terra que deixou dez feridos no Porto da Terra Preta, em Manacapuru (AM).

O que aconteceu

A equipe de mergulhadores do Corpo de Bombeiros Militar resgatou o corpo de Letícia Correia de Queiroz. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (10) pela Defesa Civil do estado.

O corpo de Franklins Pinheiro de Sousa, 36, foi encontrado na quarta-feira (9) no rio Solimões. Ele foi retirado da água pelo Corpo de Bombeiros e levado para perícia no Instituto Médico Legal para identificação. Franklin e Letícia estavam desaparecidos desde o acidente.

A polícia do Amazonas abriu uma investigação para apurar a causa do acidente. O deslizamento provocou o colapso de um porto de cargas e passageiros localizado às margens do rio Solimões, no município de Manacapuru.

Nos últimos anos, o país registrou deslizamentos de terra e inundações causados por fenômenos meteorológicos extremos. Os casos são atribuídos, em parte, às mudanças climáticas. Quase nove milhões de pessoas vivem em áreas de risco, segundo a Presidência.

Entenda o caso

Na segunda-feira (7), a terra cedeu e uma cratera foi aberta. Dez pessoas foram encaminhadas ao hospital do município com escoriações.

Governo do Amazonas disse que o porto está sob responsabilidade do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes). Em nota, a agência informou que não é a responsável pela administração do local, apenas pelo IP4 — instalação portuária destinada ao embarque e desembarque de passageiros, e movimentação e armazenagem de carga ao longo de canais, rios, lagoas, enseadas, baías e angras.

Dnit disse acreditar que o deslizamento foi causado por um fenômeno sazonal. O evento é conhecido como "terras caídas", comum nesta época do ano na região. Trata-se do termo como a população local descreve o processo de erosão fluvial, com escorregamentos, deslizamentos, desmoronamentos e desabamentos, que podem ter várias dimensões.

Mesmo fenômeno provocou desabamento às margens do rio Purus, afluente do rio Solimões, no ano passado. O acidente deixou dois mortos e mais de 200 desabrigados na comunidade Arumã, no município amazonense de Beruri (a 263 quilômetros de Manaus).

(Com AFP)

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