Thammy Miranda é reeleito vereador em São Paulo com 50 mil votos
Thammy Miranda (PSD) foi reeleito vereador na cidade de São Paulo. O político recebeu 50.234 votos na sua terceira disputa por uma cadeira na Câmara Municipal.
Quem é Thammy Miranda?
Nono vereador mais votado na cidade de São Paulo em 2020 e primeiro homem trans na Câmara Municipal. Thammy Miranda começou a carreira artística como cantor, dançarino e modelo. Ele iniciou a transição de gênero em 2014 e deixou de ser ator dois anos depois para começar na política. "Eu sempre pedi a Deus que ele só me permitisse entrar para a política se fosse para realmente fazer a diferença na vida das pessoas e para fazer o bem. E assim ele fez, assim ele me permitiu", afirmou após ser eleito vereador pelo PL em 2020, com 43.321 votos.
Eleito suplente em 2016. Sua primeira disputa para vereador foi em 2016, pelo PP. Thammy foi o segundo mais votado do partido, mas não conquistou a cadeira de vereador e ficou com uma vaga de suplente.
Thammy deixou PL por causa de Jair Bolsonaro. O vereador anunciou a decisão ainda em 2021, pouco antes de o ex-presidente ingressar no partido para concorrer à reeleição no ano seguinte. Thammy alegou não concordar com as ideias de Bolsonaro e filiou-se ao PSD em março deste ano, junto à sua mãe, Gretchen.
Político sofreu transfobia de filhos de Bolsonaro. Quando o filho de Thammy nasceu, em 2020, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) publicou uma foto da família de Miranda sem escrever nada. Meses depois, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse que Thammy não podia se considerar pai, já que é um homem transexual.
Polêmica com padre Julio Lancellotti. Thammy Miranda foi questionado em janeiro deste ano após assinar uma CPI que pretendia investigar ONGs que ajudam pessoas em situação de rua e dependentes químicos no centro da capital paulista. Entre os investigados, estava o nome do padre Julio Lancellotti, reconhecido pelo trabalho social. O vereador retirou o apoio e fez uma transmissão ao vivo com o religioso dizendo que o nome dele não era citado no texto.