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Ternium está otimista sobre recurso contra pagamento à CSN

01/10/2024 07h50

Por Kylie Madry

CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - A Ternium espera que um tribunal brasileiro decida a seu favor em um recurso contra a CSN em relação à compra em 2011 de uma participação na Usiminas, disse o presidente-executivo da empresa na segunda-feira.

A disputa decorre da compra pela Ternium do que era equivalente a uma participação de 27,7% nas ações da Usiminas. A CSN, que detinha 12,9% das ações da empresa na época, entrou com uma ação judicial alegando que a Ternium deveria ter lançado uma oferta pública de aquisição de ações envolvendo os acionistas minoritários, já que eles tinham direitos de tag-along.

Em junho, um tribunal superior determinou que a Ternium pague 5 bilhões de reais à CSN, com a Ternium dizendo que vai recorrer da decisão.

"Confio que o sistema judiciário brasileiro reconhecerá que, nesse caso, há uma jurisprudência que remonta a muitos e muitos anos", disse o presidente-executivo da Ternium, Maximo Vedoya, à Reuters durante evento organizado pela agência brasileira de exportações e investimentos, a Apex.

"Estou realmente esperançoso de que isso será resolvido", disse Vedoya.

O executivo disse ao jornal Valor em agosto que se a Ternium perder o recurso, a empresa poderá repensar seus investimentos no Brasil.

Mas ele pareceu mais otimista com relação ao país na segunda-feira, destacando as oportunidades de crescimento com o México.

A Ternium é "enorme para o comércio entre México e Brasil", disse Vedoya. "Somos um veículo para o Brasil se integrar à América do Norte."

Posteriormente, o executivo disse a jornalistas que México e Brasil poderão atualizar acordos comerciais para impulsionar a indústria.

A Ternium, que atualmente está expandindo usina no norte do México, também considera que o setor poderá se beneficiar com a revisão do acordo comercial entre EUA, México e Canadá, prevista para 2026.

E com a posse de Claudia Sheinbaum como presidente do México na terça-feira, a Ternium está "realmente otimista" com os planos de industrialização do novo governo, disse Vedoya.

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