Brasileiros são detidos na Europa suspeitos de terem assassinado um francês
Três brasileiros foram detidos, um na Bélgica e os outros dois em Portugal, suspeitos do assassinato de um francês no final de agosto numa zona residencial de Bruxelas, informou nesta segunda-feira (30) o Ministério Público da capital belga.
Sylvain, um francês de 57 anos, passava a noite com a esposa na casa do filho, Jean Baptiste, de 22 anos, quando a família foi alvo de um ataque à mão armada, na madrugada de 29 de agosto. O pai foi morto e a mãe e o filho foram baleados. O crime ocorreu em Ixelles, um bairro sofisticado da capital belga onde vivem vários franceses.
O primeiro brasileiro, Joao G.A., de 24 anos, havia sido detido em Bruxelas logo após o crime. Os dois outros, detidos pela polícia de Lisboa na sexta-feira (27) após a emissão de um mandado internacional de busca, têm 21 e 19 anos e suas identidades não foram reveladas.
Segundo a imprensa belga, o jovem francês havia organizado um encontro pelo aplicativo Grindr. Os assaltantes mascarados apareceram em sua porta e, ao chegarem, teriam exigido dinheiro do rapaz.
Ainda de acordo com a mídia belga, os três brasileiros e o francês começaram a discutir e acordaram o pai do rapaz, que estava no andar de cima, hospedado temporariamente na casa do filho com sua esposa, a mãe do jovem. A situação teria se agravado rapidamente e os três brasileiros, que estavam armados, dispararam vários tiros. O pai morreu antes de ser socorrido e a mãe e o filho sofreram ferimentos leves. Os agressores fugiram do local.
Um porta-voz da Procuradoria belga confirmou que os três homens de nacionalidade brasileira foram presos, todos "suspeitos de tentativa de homicídio e assassinato como autor ou coautor". No entanto, tanto a motivação do crime, como a hipótese do encontro no aplicativo que teria sido uma armadilha não foram confirmados.
A imprensa portuguesa afirma que os dois jovens detidos em Lisboa já tinham passagem pela polícia por crimes semelhantes. Eles teriam atacado duas outras vítimas, entre junho e setembro deste ano, usando o mesmo modus operandi. As vítimas foram sequestradas, estupradas e tiveram seus pertences roubados depois de uma armadilha organizada pelos suspeitos.
(Com AFP)
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