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Um a cada quatro brasileiros perdeu dinheiro com golpe online, diz pesquisa

Pesquisa considerou golpes como clonagem de cartão, fraude na internet ou invasão de contas bancárias - Getty Images
Pesquisa considerou golpes como clonagem de cartão, fraude na internet ou invasão de contas bancárias Imagem: Getty Images
do UOL

Do UOL, em São Paulo

30/09/2024 15h47Atualizada em 30/09/2024 15h47

Uma pesquisa apontou que 24% dos brasileiros disseram ter perdido dinheiro em algum crime digital nos últimos 12 meses. O levantamento Panorama Político 2024, realizado pelo DataSenado em parceria com a Nexus, foi divulgado nesta segunda-feira (30).

O que aconteceu

Pesquisa considerou golpes como clonagem de cartão, fraude na internet ou invasão de contas bancárias. Foram entrevistados 21.808 brasileiros entre 5 e 28 de junho. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro média nas respostas para dados nacionais é de 1,22 ponto porcentual.

São Paulo (30%), Mato Grosso (28%), Roraima (27%) e Distrito Federal (27%) são as unidades federativas com maior recorrência deste tipo de golpe. Já o Ceará tem a menor incidência (17%), seguido por Piauí (18%), Sergipe (19%) e Acre (19%).

Dados apontam que as vítimas não têm um perfil específico, pois números obtidos na pesquisa são semelhantes às características dos brasileiros em geral. Por exemplo, 51% das vítimas dos golpes têm renda familiar de até dois salários mínimos, enquanto a porcentagem geral de brasileiros com essa característica é de 49%.

Pessoas com 60 anos ou mais são 16% das vítimas desse tipo de crime. No entanto, âmbito nacional, os idosos correspondem a 20% da população brasileira, ou seja, eles não necessariamente se destacam como as maiores vítimas dos golpistas.

Jovens de 16 a 29 anos foram as vítimas mais recorrentes. 27% das pessoas que relataram ter caído em golpes fazem parte deste grupo. Esta porcentagem corresponde exatamente à parcela de indivíduos nesta faixa etária na população brasileira como um todo.

Quanto ao nível de escolaridade, 35% das vítimas afirmaram ter concluído o ensino médio. Em seguida, vêm aquelas com ensino superior incompleto ou mais (29%), aquelas que não concluíram o ensino fundamental (22%) e as que terminaram o ensino fundamental (15%).

Duas em cada três pessoas que caíram nos golpes estão trabalhando. Outras 29% estão fora da força de trabalho e 5% disseram estar desempregados.

Levantamento se destaca por trazer dados locais e pode servir como base para elaboração de propostas, diz coordenador da pesquisa. "Os golpes virtuais têm se tornado cada vez mais frequentes e sofisticados, impactando parcela significativa dos brasileiros. Os dados permitem um diagnóstico amplo, que pode apontar possíveis soluções para prevenção e enfrentamento desse problema", avalia José Henrique Varanda.

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