Maduro pede que membros do governo não aceitem presentes de Natal, em outubro, após ataques no Líbano
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, recomendou nesta sexta-feira (20) a membros do governo e partidários que não aceitem equipamentos eletrônicos como presentes de Natal, devido às explosões de pagers e walkie-talkies no Líbano que deixaram dezenas de mortos.
"Não recebam presentes eletrônicos (...) cuidado com os telefones, celulares, atenção todo o mundo", disse o mandatário durante um evento em Caracas transmitido em rede nacional.
Maduro, que "decretou" o início do Natal a partir de 1º de outubro, também pediu que "em todos os ministérios, institutos e empresas do Estado" se priorize a compra de "artesanatos e brinquedos fabricados na Venezuela" para a troca de presentes no "Natal venezuelano".
Seu pedido ocorre em meio a uma crise política desencadeada por sua reeleição para um terceiro mandato consecutivo de seis anos (2025-2031), que a oposição considera fraudulenta, reivindicando a vitória de seu candidato, o ex-diplomata Edmundo González Urrutia, exilado na Espanha desde 8 de setembro.
Duas ondas de explosões de pagers e walkie-talkies, entre terça e quarta-feira, deixaram 37 mortos e cerca de 3 mil feridos, com o objetivo de atacar membros do grupo Hezbollah, apoiado pelo Irã.
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