Líder reformista Nigel Farage diz que seu partido vencerá próxima eleição britânica
Por Elizabeth Piper
BIRMINGHAM, Reino Unido (Reuters) - O líder do Partido Reformista e defensor do Brexit, Nigel Farage, criticou nesta sexta-feira o Partido Trabalhista, atualmente no poder, dizendo a apoiadores que sua legenda de direita está ganhando o apoio de eleitores insatisfeitos com o governo e que vencerá a próxima eleição. O autodenominado encrenqueiro de 60 anos espera que seu partido consiga derrubar o governo do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, na próxima eleição, em 2029, após ter um crescimento entre os antigos apoiadores do Partido Conservador na votação deste ano.
"A maioria silenciosa já está conosco nos assuntos com os quais nos preocupamos. Podemos vencer a próxima eleição geral com o número de pessoas que acreditam nos nossos princípios", disse. Em meio a um crescimento de partidos de direita em toda a Europa, o Partido Reformista— que teve 4,1 milhões de votos, ou 14% do total, além de cinco assentos no Parlamento após a votação de julho — passou de 40 mil membros em junho para 80 mil agora. Os trabalhistas têm mais de 350 mil. Em uma conferência lotada na cidade inglesa de Birmingham, Farage foi cercado ao entrar no salão principal, e recebido por 4.000 apoiadores, a maioria idosos e brancos. "Um em cada quatro que votaram nos Trabalhistas na eleição geral de 4 de julho disseram que já estão inclinados a votar no Partido Reformista", disse Farage à multidão, após andar por um palco equipado com fogos de artifício. Amado e odiado após seu papel fundamental na vitória do Brexit em 2016, Farage é acostumado a desafiar previsões, mas admitiu que ainda há um longo caminho para profissionalizar seu partido. Suas visões e opiniões, incluindo o desejo que os cidadãos sigam apenas à cultura, modos e tradições britânicos provocaram acusações de racismo, algo que a legenda nega. "Não temos espaço para alguns extremistas destruírem o trabalho de um partido que agora tem 80 mil membros e crescendo em centenas a cada dia", afirmou.
"Representamos os silenciosos, a maioria decente deste grande país em que vivemos." (Reportagem de Elizabeth Piper)
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