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Incêndios florestais na Colômbia continuam fora de controle e devastam 9 mil hectares

20/09/2024 20h00

A Colômbia está lutando para conter incêndios florestais intensos em cinco departamentos no oeste e sul do país, onde as chamas, alimentadas pelas altas temperaturas, já devastaram mais de 9 mil hectares, informaram as autoridades nesta sexta-feira (20).

Pelo menos 25 focos de incêndio estavam ativos ao meio-dia, sendo metade deles no departamento de Tolima (oeste), detalhou a Unidade Nacional de Gestão de Riscos e Desastres (UNGRD) em um boletim.

"Tolima está queimando! Precisamos urgentemente da solidariedade do governo nacional", alertou a governadora do departamento, Adriana Matiz, em um comunicado à imprensa.

A localidade tolimense de Nagataima é a mais afetada pelas chamas. As autoridades estão trabalhando por ar e terra para apagar o fogo, que destruiu um aqueduto rural e várias casas, deixando até o momento duas pessoas feridas, segundo a UNGRD. A temperatura nesse município superou os 41ºC, de acordo com a autoridade ambiental do departamento, Cortolima.

As chamas também consumiram mais de 200 hectares de florestas de pinheiros em Bojacá, em Cundinamarca, e se estenderam até Mondoñedo, a 40 minutos de Bogotá, o que forçou o fechamento de estradas próximas. No local, dezenas de bombeiros trabalham com o apoio de helicópteros do Exército.

O departamento vizinho de Huila, com temperaturas de até 42ºC, declarou "calamidade pública" no domingo, sendo afetado por incêndios em seis municípios, especialmente em Aipe, onde aeronaves militares já despejaram 16 mil galões de água.

Essas regiões enfrentam "um déficit de precipitação acumulado e um aumento de temperaturas que favorecem os alertas de incêndios", descreveu na terça-feira Ghisliane Echeverry, diretora do Instituto de Hidrologia, Meteorologia e Estudos Ambientais (Ideam).

Também há registros de incêndios em Nariño, Cauca e Valle del Cauca, no oeste e sul da Colômbia.

A UNGRD busca a aprovação do governo para implementar um método de combate ao fogo utilizando fogo, criando "linhas de contenção" na vegetação e reduzindo os "combustíveis florestais".

afm/vd/ag/am

© Agence France-Presse

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