Rússia ataca centro geriátrico e rede da Ucrânia em meio a alertas de falta de energia
Por Anastasiia Malenko
KIEV (Reuters) - Forças russas atingiram um centro geriátrico na cidade ucraniana de Sumy e visaram seu setor de energia em uma nova onda de ataques aéreos nesta quinta-feira, matando pelo menos um civil, disseram autoridades ucranianas.
Um órgão de monitoramento da ONU disse que os ataques à rede de energia provavelmente violaram a lei humanitária, enquanto a Agência Internacional de Energia disse em um relatório que o déficit de fornecimento de eletricidade da Ucrânia nos meses críticos de inverno pode atingir cerca de um terço da demanda de pico esperada.
Durante um ataque diurno à cidade de Sumy, no norte do país, uma bomba guiada russa atingiu um prédio de cinco andares, que abrigava cerca de 211 idosos, segundo autoridades regionais e militares.
Uma pessoa foi morta e outras 12 ficaram feridas no ataque, informou o Ministério do Interior no aplicativos de mensagens Telegram. Socorristas ajudaram deficientes a deixar o local.
Imagens do local compartilhadas junto com a postagem mostraram pacientes idosos retirados do prédio danificado deitados no chão sobre tapetes e cobertores, esperando transferência para um novo local.
Durante a noite, a força aérea ucraniana disse que havia abatido todos os 42 drones e um dos quatro mísseis lançados pela Rússia nos últimos ataques em mais de dois anos e meio de guerra desde a invasão russa em grande escala.
As forças da Rússia bombardearam o sistema de energia na região de Sumy em vários ataques nesta semana, reduzindo a energia em algumas áreas e forçando autoridades a usar sistemas reserva de energia.
O Ministério da Energia da Ucrânia disse que os cortes de energia estavam em vigor em 10 regiões devido a ataques aéreos e razões tecnológicas.
Em um sinal de preocupação, a União Europeia disse que uma usina de combustível estava sendo desmontada na Lituânia para ser reconstruída na Ucrânia e que as exportações de eletricidade também seriam ampliadas.
A Missão de Monitoramento dos Direitos Humanos da ONU na Ucrânia disse que os ataques da Rússia à rede de energia representam riscos para o abastecimento de água, esgoto e saneamento, fornecimento de calefação e água quente, saúde pública, educação e a economia em geral.
"Há motivos razoáveis para acreditar que vários aspectos da campanha militar para danificar ou destruir a eletricidade civil da Ucrânia e a infraestrutura de produção e transmissão de calor violaram princípios fundamentais do direito internacional humanitário", disse a missão em relatório.
Kiev afirma que o direcionamento de seu sistema de energia é um crime de guerra, e o Tribunal Penal Internacional emitiu mandados de prisão contra quatro oficiais e militares russos pelo bombardeio da infraestrutura de energia civil.
Moscou afirma que a infraestrutura de energia é um alvo militar legítimo e descartou as acusações contra seus oficiais como irrelevantes.
Moscou tem atacado repetidamente a região de Sumy, que faz fronteira com a região russa de Kursk, área de uma grande incursão ucraniana na qual Kiev diz ter tomado mais de 100 vilarejos.
((Reportagem adicional de Olena Harmash, Yuliia Dysa))
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