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Como ganhar R$ 1.412 todo mês com 7 ações recomendadas para iniciantes

do UOL

Colunista do UOL

19/09/2024 05h30

Um levantamento da coluna com 12 casas de análise e instituições financeiras encontrou sete ações recomendadas para iniciantes. São ações de empresas de setores resilientes e perenes, tais como bancos, seguradoras, transmissoras de energia e companhias de saneamento básico. Veja a lista completa aqui.

Simulação da coluna aponta que seria necessário ter um patrimônio entre R$ 147.601 e R$ 252.101 para conquistar o tão sonhado salário mínimo com dividendos de sete ações recomendadas para iniciantes.

Como ganhar um salário mínimo em dividendos com estas ações?

Simulação de Fábio Sobreira, sócio e analista da Rocha Opções de Investimentos, para a coluna mostra qual seria o patrimônio necessário a ser investido nestas ações para conquistar uma renda mensal de um salário mínimo (R$ 1.412) com dividendos. E quantas ações o investidor deveria ter para alcançar este objetivo.

Para a simulação foi levado em conta a mediana de dividend yield das ações nos últimos cinco anos e o preço dos papéis no fechamento de 12 de setembro. Veja abaixo:

Banco do Brasil (BBAS3)

  • Patrimônio necessário: R$ 231.475 (8.220 ações)

Itaú (ITUB4)

  • Patrimônio necessário: R$ 252.101 (6.819 ações)

BB Seguridade (BBSE3)

  • Patrimônio necessário: R$ 174.672 (4.287 ações)

Sanepar (SAPR11)

  • Patrimônio necessário: R$ 216.606 (6.710 ações)

Bradesco (BBDC4)

  • Patrimônio necessário: R$ 228.571 (14.661 ações)

Isa Cteep (TRPL4)

  • Patrimônio necessário: R$ 147.601 (5.985 ações)

Telefônica Brasil (VIVT3)

  • Patrimônio necessário : R$ 180.723 (3.296 ações)

Como escolher primeira ação para dividendos

É importante que as ações tenham um bom histórico de remuneração, porque o investidor iniciante não está pronto para avaliar empresas sem histórico. O ideal é observar como a empresa remunerou os seus acionistas nos últimos cinco anos, diz Bruno Oliveira, analista CNPI do Projeto Vida de Acionista.

Além disso, é fundamental que a empresa possua uma política de distribuição de proventos clara. É ali que ela deixa explícito como pretende remunerar os acionistas. Segundo Oliveira, não basta apenas isso estar descrito no Estatuto Social da empresa - é necessário ter uma política de dividendos.

O payout (parcela dos lucros destinada a proventos) deve ser sustentável. É importante que esse pagamento não seja excessivamente alto, para garantir a viabilidade dos negócios, diz Felipe Pontes, diretor de gestão de patrimônio da Avantgarde Asset Management. Um patamar aceitável é entre 40% e 60% do lucro, segundo Pontes, porque mostra que a empresa consegue remunerar seus acionistas e, ao mesmo tempo, reinvestir no próprio crescimento.

A saúde financeira da empresa também conta muito na hora de escolher uma ação. Pontes lembra que companhias com boa posição de caixa e endividamento controlado têm maior capacidade de pagar proventos em cenários econômicos adversos.

É ideal também entender o momento de negócios pelo qual a empresa está passando. Segundo Felipe Reis, estrategista de ações da EQI Research, companhias com perspectiva de altos investimentos ou aquisições tendem a não priorizar a distribuição de proventos aos acionistas.

Comprar ações descontadas também é importante. Segundo Régis Chinchila, head de research da Terra Investimentos, o preço das ações deve refletir um valor justo comparado aos lucros e ao valor da empresa. Ele aconselha optar por ações com um valuation (avaliação atraente). Uma dica é identificar empresas que tenham uma baixa relação de preço sobre lucro (P/L) ou do múltiplo EV/Ebitda que tendem ser mais interessantes para compra.

Os melhores setores para iniciantes

Para quem está começando na jornada, é aconselhável buscar ações de setores perenes e essenciais na economia do país.

São estes: bancos, energia, seguros, saneamento e telecomunicações. Rafael Ratto, analista do AGF, afirma que, por estarem no dia a dia do investidor, estes setores acabam sendo mais comuns na hora do iniciante aportar e estudar. Além disso, são setores defensivos, com menor volatilidade histórica e maior previsibilidade de receitas.

Estes setores têm barreiras de entrada significativas, ou seja, é difícil que novos concorrentes desbanquem essas empresas. Além disso, possuem uma robusta geração de caixa. Também são menos dependentes dos ciclos da economia, com resultados mais estáveis e maior previsibilidade de receitas, capacidade de repassar custos acima da inflação e remuneração constante aos acionistas, diz Ratto.

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