Novas explosões de walkie-talkies em redutos do Hezbollah no Líbano matam pelo menos 14 pessoas
Um dia após as explosões quase simultâneas de milhares de pagers que deixaram 12 mortos e cerca de 2.800 feridos no Líbano, uma nova onda de deflagrações de dispositivos de comunicação do Hezbollah matou 14 pessoas e feriu outras 450 nesta quarta-feira (18), em Beirute.
Uma fonte próxima ao movimento islâmico indicou que vários aparelhos "explodiram no subúrbio sul de Beirute", um de seus redutos. A mídia estatal também informou sobre explosões no sul e no leste do país. Imagens das agências de notícias mostraram pessoas correndo para se proteger após uma explosão durante o funeral de quatro militantes do Hezbollah mortos nas explosões de terça-feira (17), no subúrbio de Beirute.
Após um balanço anterior que apontava nove mortos, o Ministério da Saúde libanês afirmou que essa segunda "onda de explosões inimigas de walkie-talkies (...) matou 14 pessoas e feriu mais de 450".
Israel é apontado como responsável pelos ataques. As autoridades israelenses se abstiveram de comentar a onda de explosões, ocorrida horas após anunciar a extensão até a sua fronteira com o Líbano de seus objetivos da guerra, iniciada em outubro contra o movimento islâmico palestino Hamas na Faixa de Gaza.
O Hezbollah, aliado do Hamas, disse que "a resistência islâmica no Líbano continuará (...) suas operações para apoiar Gaza" e prometeu um "ajuste de contas severo" contra Israel. O chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, fará um pronunciamento público na quinta-feira, às 17h locais (11h no horário de Brasília).
O ministro das Relações Exteriores do Líbano, Abdallah Bou Habib, advertiu que o "ataque flagrante à soberania e segurança do Líbano" poderia "indicar uma guerra mais ampla".
Desde o início da guerra em Gaza, em outubro de 2023, a fronteira com o Líbano tornou-se cenário de confrontos de artilharia quase diários entre o exército israelense e o Hezbollah, o que causou o deslocamento de dezenas de milhares de civis em ambos os países.
Centro da guerra no norte
Segundo o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, o "centro de gravidade" da guerra "está se movendo para o norte", referindo-se à frente com o Hezbollah libanês, em comparação com a luta contra o Hamas palestino na Faixa de Gaza.
"Não nos esquecemos dos reféns (detidos em Gaza) e não nos esquecemos das nossas missões no sul", declarou Gallant, citado em um comunicado de imprensa publicado pelo seu gabinete. "Estamos no início de uma nova fase da guerra, que exige de nós coragem, determinação e perseverança", acrescentou. "O nosso dever nos obriga a desempenhamos as nossas tarefas simultaneamente" no norte e no sul, e "a nossa tarefa é clara: garantir o regresso dos habitantes do norte sãos e salvos às suas casas", sublinhou Gallant.
Suas observações foram repetidas pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e pelo chefe do Estado-Maior israelense, general Herzi Halevi, em declarações separadas.
"Traremos as pessoas do norte para casa em segurança", disse Netanyahu num comunicado divulgado pelo seu gabinete. "Estamos muito determinados a criar as condições de segurança que permitirão aos habitantes (do norte) regressar às suas casas", declarou Halevi, por sua vez, num comunicado de imprensa publicado pelo exército.
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