TSE mantém prisão de ex-deputado por violência política de gênero
Por unanimidade, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) manteve a prisão preventiva do ex-deputado federal Wladimir Costa (Solidariedade-PA), condenado pelos crimes de difamação majorada, extorsão, violência política de gênero e violência psicológica contra mulher.
O que aconteceu
Todos os ministros do TSE negaram o pedido de soltura do ex-deputado. Eles seguiram a posição da relatora Isabel Gallotti, que entendeu não haver nenhuma irregularidade na prisão e rejeitou o habeas corpus apresentado por sua defesa.
Tribunal julgou recurso apresentado pelo ex-parlamentar. Wladimir Costa foi preso preventivamente em abril deste ano ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Belém (PA). Ele é acusado de violência política de gênero contra a deputada federal Renilce Nicodemos (MDB) e está preso no Pará desde então.
Prisão foi decretada antes de ação contra ele ser julgada. Por se tratar de um crime eleitoral, o caso é analisado pela Justiça Eleitoral. Na semana passada, o Tribunal Regional Eleitoral do Pará condenou o ex-parlamentar a 12 anos de prisão por difamação majorada, extorsão, violência política de gênero e violência psicológica contra mulher. Ele teria feito postagens ofensivas e também exposto a vida privada de Renilce em uma rede social.
Wladimir Costa ocupou uma cadeira na Câmara dos Deputados entre 2003 e 2019. Ele ficou conhecido por sua atuação no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016. Na ocasião ele chegou a estourar confete no plenário da Câmara durante a votação do processo.
'Tropa de choque' de Eduardo Cunha. Wladimir Costa também ficou conhecido por ser um dos fieis aliados do ex-presidente da Câmara, que abriu o processo de impeachment contra Dilma Rousseff após o PT apoiar o processo de cassação dele na Comissão de Ética da Casa. Após a cassação do emedebista, Wladimir se tornou um fiel apoiador do presidente Michel Temer e chegou a fazer uma tatuagem com o nome dele.
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