Controles de fronteira na Alemanha não afetarão a economia por enquanto, dizem economistas
Por Maria Martinez
BERLIM (Reuters) - Controles temporários nas fronteiras oeste e norte da Alemanha para combater a imigração irregular não afetarão a maior economia da Europa além de criarem atrasos e complexidades para empresas, segundo economistas.
No entanto, os economistas alertaram que o impacto será mais grave se os controles temporários levarem a outras medidas que limitem a livre circulação no espaço Schengen sem fronteiras da União Europeia.
Controles mais rígidos entraram em vigor na segunda-feira nas fronteiras terrestres da Alemanha com a França, Bélgica, Luxemburgo, Holanda e Dinamarca por um período inicial de seis meses, marcando mais um retrocesso na livre circulação dentro da União Europeia.
"Parece que se trata de um movimento amplamente simbólico destinado a sinalizar uma linha mais rígida em relação à imigração ilegal, mas as medidas são de pequena escala e provavelmente não afetarão muito os negócios", disse Andrew Kenningham, economista-chefe da Capital Economics para a Europa.
Ele acrescentou que, se isso for o início de um movimento substancial no sentido de reintroduzir as fronteiras terrestres na UE, poderá ser muito significativo devido ao impacto sobre o transporte e como uma grande questão na política interna da UE.
Os varejistas alemães e as empresas de logística temem engarrafamentos, atrasos e custos mais altos.
O economista-chefe do Berenberg, Holger Schmieding, argumentou que pequenos atrasos nas entregas não farão uma grande diferença, porque o setor não está operando em sua capacidade total.
O setor industrial alemão, que enfrenta altos custos de energia, fraqueza da demanda global e crescente concorrência da China, continua a ter dificuldades, como mostrou o último Índice de Gerentes de Compras (PMI) do HCOB em agosto.
"É um incômodo, mas o impacto econômico provavelmente será pequeno", disse Schmieding à Reuters.
As novas medidas podem aumentar os custos, disse Schmieding, mas provavelmente não a ponto de afetarem visivelmente os preços ao consumidor.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.