Babá é suspeita de agredir bebê após confessar 'soco de verdade' em áudio
Pais de duas crianças acusam uma babá de agressão aos filhos deles em São Gonçalo (RJ).
O que aconteceu
Agressões teriam acontecido na casa da suspeita, que cobrava R$ 300 ao mês pelos cuidados. Ela era responsável por cuidar das crianças da vizinhança, entre elas um menino de 10 meses e outro de pouco mais de um ano.
Adultos descobriram agressões após o vazamento de áudios enviados pela suspeita à namorada. Ela teria confessado os atos na terça-feira (10), mas as famílias só souberam do ocorrido na sexta-feira (13), quando procuraram a polícia.
"Se eu não tiro ele de perto de mim, eu mato ele", teria dito a babá, em áudio atribuído a ela. Ao UOL, a mãe do menino de 10 meses afirmou que a suspeita se referia ao filho, que teria apanhado após vomitar. O nome da mãe da criança não será divulgado para que a identidade da vítima seja protegida.
Em outro trecho, a mulher conta que deu "um soco" nas costas do bebê e que puxou os cabelos dele. "Sacudi tanto ele, que agora se ele vomitar é culpa minha", relatou. Segundo a mãe, criança estava sob cuidados da mulher há menos de 10 dias quando a agressão ocorreu.
Mãe ainda afirmou ter questionado à babá sobre as marcas de agressão no filho. "Ela falou que foram as outras crianças, já que ela toma conta de crianças maiorzinhas. Como a gente confiava, a gente deixou. Até a gente ter acesso aos áudios", afirmou.
Polícia investiga caso. O caso foi registrado na 73ª DP do Rio de Janeiro, que informou ao UOL que "realiza diligências para apurar os fatos".
O UOL entrou em contato com a babá para saber se ela quer se pronunciar sobre as acusações das famílias. O espaço fica aberto para manifestações, e o texto será atualizado se houver resposta.
Como denunciar violência contra crianças e adolescentes
Denúncias sobre violência contra crianças e adolescentes podem ser feitas pelo Disque 100 (inclusive de forma anônima), na delegacia de polícia mais próxima e no Conselho Tutelar de cada município.
Se for um caso de violência que a pessoa estiver presenciando, pode ligar no 190, da Polícia Militar, para uma viatura ir no local. Também é possível se dirigir ao Fórum da Cidade e procurar a Promotoria da Infância e Juventude.
Quem não denuncia situações de perigo, abandono e violência contra crianças e adolescentes pode responder pelo crime de omissão de socorro, previsto no Código Penal. A lei Henry Borel também prevê punições pra quem se omite.
Funcionários públicos que se omitem no exercício de seus cargos, em escolas, postos de saúde e serviços de assistência social, entre outros, podem responder por crime de prevaricação.
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