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Ataque a prédio residencial em Kharkiv deixa dezenas de feridos; Zelensky pressiona por ajuda dos EUA

15/09/2024 11h32

Ao menos 28 pessoas, incluindo três crianças, ficaram feridas neste domingo (15) em um bombardeio russo que atingiu uma torre residencial em Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, informou o governador regional. Em uma conferência internacional organizada em Kiev neste fim de semana, o presidente Volodymyr Zelensky pediu celeridade na entrega de ajuda militar dos países ocidentais.

"O bombardeio causou um incêndio em uma torre habitacional", disse Oleh Synehoubov, governador de Kharkiv, em uma mensagem no Telegram. A infraestrutura do condomínio ocupado apenas por civis também foi danificada, acrescentou.

Localizada perto da fronteira com a Rússia, Kharkiv é uma das maiores cidades da Ucrânia e um importante centro industrial do país. A região tem sido regularmente alvo de bombas, mísseis e drones russos.

Também neste domingo, bombardeios russos atingiram a estratégica cidade de Pokrovsk, um centro logístico no leste da Ucrânia ameaçado pelo avanço das tropas do Kremlin. Pelo menos uma pessoa morreu, informaram as autoridades locais.

"Às 9h15, um edifício perto de um posto de gasolina foi atingido por um ataque de artilharia inimiga", informou o município de Pokrovsk, no Telegram. Outro atentado à bomba, esta manhã, atingiu a zona oeste da cidade, matando uma pessoa, segundo a mesma fonte.

O exército russo, mais numeroso e com maior poder de fogo, está agora, segundo observadores militares, a menos de dez quilômetros de Pokrovsk. O fornecimento de água potável e gás foi cortado devido aos combates, anunciaram as autoridades locais na quinta-feira (12). Os ataques russos também privam grande parte da cidade de luz, informou a prefeitura no mesmo dia.

Zelensky pede pressa no apoio militar

Ao participar do Fórum de Estratégia Europeia de Yalta, uma conferência internacional organizada todos os anos na Ucrânia, no sábado (14) em Kiev, o presidente Volodymyr Zelensky voltou a colocar a guerra contra a Rússia no centro das atenções. Ele destacou a importância da ajuda militar enviada pelos países ocidentais e, em particular, pelos Estados Unidos. Porém, a entrega desta ajuda militar está atrasada, lamentou o presidente ucraniano. 

Esta não foi a primeira vez que Volodymyr Zelensky reclamou com os seus aliados ocidentais porque a ajuda militar demora  a chegar. O Fórum de Estratégia Europeia de Yalta é mais uma oportunidade para Kiev pressionar o seu aliado americano.

A mensagem foi recebida por Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, presente por videoconferência. "Estamos atualmente trabalhando em um pacote substancial, reunindo uma série de capacidades diferentes que tentaremos implementar antes do final deste mês", explicou.

"Não é uma questão de vontade política. Trata-se de superar as dificuldades e a complexidade dos detalhes logísticos e operacionais da entrega desses equipamentos à linha de frente", acrescentou Jake Sullivan.

Os Estados Unidos são de longe os mais generosos apoiadores da Ucrânia, com uma contribuição de quase US$ 65 bilhões em ajuda militar desde o início da guerra. Este apoio é valioso, ainda que não conte com mísseis de longo alcance. Volodymyr Zelensky argumenta sobre a necessidade deste tipo de armamento para vencer o inimigo russo, mas os Estados Unidos temem abrir a porta a uma escalada de violência com a Rússia.

O presidente ucraniano ainda tem quatro meses para convencer Joe Biden. O presidente americano garantiu que usaria os seus últimos meses no cargo para ajudar o máximo possível a Ucrânia a vencer a guerra. 

Com AFP 

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