Radiação UV do sol atingirá risco extremo em São Paulo na quinta-feira (19)
O índice ultravioleta (IUV), que mede a intensidade da radiação UV —presente na luz do sol—, vai atingir um nível extremo na quinta-feira (19) na cidade de São Paulo, segundo o CPTEC (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos).
O que aconteceu
Índice mede a intensidade dos raios ultravioleta que podem causar queimaduras na pele e danos aos olhos, entre outros problemas de saúde. Os níveis vão de zero a 11; quanto maior o índice, maior o potencial de danos e menor o tempo necessário para que eles ocorram.
As faixas do índice são divididas nas seguintes categorias:
- Baixo: menor ou igual a 2
- Moderado: de 3 a 5
- Alto: 6 a 7
- Muito alto: 8 a 10
- Extremo: a partir de 11
Categoria máxima será registrada no dia 19. Na quinta-feira, o nível chegará a 11 na capital paulista, segundo o CPTEC, ligado ao Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). A previsão é que o índice permaneça extremo pelo menos até sexta-feira (20).
Orientação é se proteger. Nesse cenário, a OMS (Organização Mundial da Saúde) orienta evitar ficar ao ar livre durante a faixa das 12h, buscar locais com sombra e se proteger com camisa, protetor solar e chapéu.
Poluição contribui para maior perigo. A poluição do ar é um dos fatores que, ao afetar a camada de ozônio, permite que mais radiação UV chegue à superfície da Terra. Além da piora na qualidade do ar na última semana em São Paulo, a população sofre com a fumaça causada pelos incêndios florestais, a baixa umidade do ar e a onda de calor.
Riscos à saúde
Exposição ao sol forte é prejudicial à saúde. Segundo a OMS, o aumento na incidência de câncer de pele em pessoas de pele clara em todo o mundo está fortemente associado à exposição excessiva à radiação UV do sol. Há fatores de risco artificiais também, como câmaras de bronzeamento.
Veja os riscos à saúde:
- Olhos: os raios ultravioleta do sol queimam a superfície dos olhos, deixando-os doloridos. Há vermelhidão, a vista pode ficar embaçada ou se perder temporariamente. O tempo quente e seco também interfere no filme lacrimal, deixando os olhos secos.
- Pele: exposição prolongada ao sol e calor intenso podem fragilizar a pele, deixando-a mais sensível, irritada e, por consequência, vulnerável à proliferação de fungos. Pessoas com doenças de pele, como lúpus e psoríase, podem sentir um agravo do quadro.
- Músculos: a perda de muitos eletrólitos por meio do suor excessivo pode provocar câimbras, contrações musculares fortes, súbitas, involuntárias e dolorosas. A alta temperatura corporal também gera um processo inflamatório sistêmico que causa rabdomiólise, uma degradação do tecido muscular.
- Sangue e rins: a rabdomiólise leva à liberação de grande quantidade de mioglobina na corrente sanguínea, uma proteína que prejudica a filtragem do sangue pelos rins e leva à insuficiência renal. Outra consequência é um distúrbio de coagulação sanguínea.
- Coração: no calor extremo, o sistema cardiovascular precisa aumentar seus esforços e velocidade de funcionamento para compensar a maior necessidade de energia. Junto com os problemas do suor excessivo, alteração da pressão arterial e prejuízo na coagulação, há um risco maior de infarto.
O que fazer?
O Ministério da Saúde recomenda:
- Aumentar a ingestão de água potável;
- Ficar abrigado em locais mais frescos;
- Evitar atividades físicas em áreas abertas;
- Ficar longe dos focos de queimadas.
*Com informações da Agência Brasil.
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