China condena trânsito da marinha da Alemanha pelo Estreito de Taiwan
PEQUIM (Reuters) - O exército da China condenou neste sábado o trânsito de dois navios da marinha da Alemanha pelo Estreito de Taiwan, dizendo que isso aumentou os riscos de segurança e transmitiu o sinal “errado”.
A China disse que suas forças monitoraram e alertaram os navios. O país asiático, que reivindica como parte de seu território Taiwan, governada democraticamente, diz que apenas ele exerce soberania e jurisdição sobre o estreito.
Tanto os Estados Unidos quanto Taiwan afirmam que o estreito -- uma importante rota comercial, pela qual cerca de metade dos navios de contêineres do mundo passam -- é uma hidrovia internacional.
Uma unidade do exército chinês disse que a passagem dos dois navios -- uma fragata e um navio de suprimentos -- era “propaganda pública”. A marinha e a força aérea monitoraram e fizeram alertas aos navios durante toda a travessia.
“O comportamento alemão aumenta riscos de segurança e envia o sinal errado. Tropas no teatro estão em alerta máximo o tempo inteiro e combaterão resolutamente todas as ameaças e provocações”, afirmou, em um comunicado.
A embaixada da China na Alemanha disse, em outro comunicado, que havia apresentado “representações” a Berlim, afirmando que Taiwan pertence à China, uma opinião que o governo democraticamente eleito de Taipei rejeita veementemente.
“A questão de Taiwan não é um assunto de ‘liberdade de navegação’, mas de soberania e integridade territorial da China”, disse.
O Estreito de Taiwan está em águas chinesas “e não existem as chamadas ‘águas internacionais’”, acrescentou a embaixada.
O governo de Taiwan afirma que apenas o povo da ilha pode decidir seu futuro.
(Reportagem da redação de Pequim; reportagem adicional de Ben Blanchard, em Taipei)
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