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Quem tem joias penhoradas na Caixa pode ganhar mais com alta do ouro

do UOL

Elida Oliveira

Colaboração para o UOL, em São Paulo

13/09/2024 05h30

Quem já tem suas joias empenhadas pode receber um dinheiro extra em empréstimo. Isso porque a valorização do ouro, que chegou a valores recordes, permite a renegociação de bens que já estão empenhados na Caixa, e é possível pegar mais dinheiro emprestado com o mesmo bem. A Caixa oferece esse empréstimo para itens como anéis, colares, pulseiras e demais joias, além de canetas e relógios oferecidos como garantia.

O que muda com a valorização do ouro para quem já tem um penhor ativo?

Quando há atualização do valor de cotação pela Caixa, o cliente pode renovar seu contrato e ainda ganhar troco. Isso significa que o ajuste no preço do ouro leva à valorização da joia e, com isso, o cliente pode ter acesso a mais recursos do que o avaliado anteriormente. Para isso, é preciso renovar o contrato de penhor. Segundo a Caixa, o banco acompanha os mercados interno e externo e atualiza as tabelas de avaliação sempre que a cotação do metal está estável.

Neste ano, a cotação do ouro atingiu o recorde histórico. Ultrapassou US$ 2.500 por onça-troy (equivalente a 28 gramas), maior valor desde 1833. O minério de ouro (GOLD ou XAUUSD) subiu 21,18% desde o início de 2024, de acordo com Gianluca Di Mattina, especialista em investimentos da Hike Capital.

Instabilidade aumentou preço do metal. De acordo com Gianluca Di Mattina, especialista em investimentos da Hike Capital, essa valorização se deve às instabilidades econômicas e geopolíticas, desvalorização do dólar, medo de maior desvalorização dos demais câmbios, inflação, e até pela demanda de Bancos Centrais de mercados emergentes, que compram ouro em busca de um investimento mais seguro, explica o especialista.

Como é o penhor de joias da Caixa?

O penhor de joias da Caixa funciona como um empréstimo, tendo os bens como garantia de pagamento. O cliente interessado deve levar o item até uma agência habilitada, apresentar RG e CPF e comprovante de residência. Segundo a Caixa, são aceitos itens como joias e objetos confeccionados em ouro, prata, pérola, relógios, moedas e canetas de alto valor.

Um funcionário especializado da Caixa irá analisar o produto, garantir a autenticidade e avaliar quanto vale aquela joia ou bem de valor. Segundo a Caixa, diversos critérios são considerados nessa análise, como o teor do metal nobre, características e adornos da peça. Ouro in natura, ou de garimpo, não é aceito no penhor.

É possível receber o dinheiro na hora. O cliente pode optar por ter acesso a todo o valor disponível após a avaliação da joia, ou a parte dele. Quem optar por ter acesso ao crédito de parte da joia, e precisar de mais dinheiro depois, pode pedir a contratação do valor residual a qualquer momento, segundo a Caixa.

Nem todas as agências da Caixa oferecem esse serviço. Ao todo, são 465 agências pelo país que trabalham com o penhor. Para encontrar onde há penhor de joias, é possível consultar o endereço das agências no site da Caixa, neste link, selecionando o tipo de atendimento "Agências com Penhor", o estado e a cidade.

A joia fica em segurança na Caixa.

Há duas modalidades de penhor: a tradicional, com amortização única, e a parcelada. No penhor tradicional, o valor mínimo disponível para empréstimo é de R$ 50, com prazo de pagamento de um a 180 dias. Esse tipo de contrato pode ser renovado quantas vezes forem necessárias. No parcelado, o mínimo é R$ 100, com prazo de pagamento de dois a 60 meses.

Veja mais sobre o penhor de joias e outros bens da Caixa aqui.

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