Presidente do BCE rejeita "pressão política" após Itália defender cortes maiores nos juros
ROMA (Reuters) - O Banco Central Europeu (BCE) é uma instituição independente que não está sujeita a nenhuma pressão política, disse a presidente da autoridade monetária, Christine Lagarde, nesta sexta-feira, rejeitando os apelos italianos por maiores cortes nas taxas de juros.
Dois ministros do governo italiano criticaram o BCE na quinta-feira, quando o banco central da zona do euro, sediado em Frankfurt, cortou sua taxa de depósito em 25 pontos-base, para 3,50%, e o acusaram de falta de coragem.
"O Banco Central Europeu é uma instituição independente, o que está claramente estabelecido nos tratados", disse Lagarde em uma reunião informal dos ministros da Economia da UE em Budapeste.
"Não estamos sujeitos a nenhum tipo de pressão política", acrescentou.
A Itália, com os custos de empréstimo mais altos da zona do euro e a segunda maior dívida pública do bloco como proporção da produção nacional, tem muito a ganhar com uma queda acentuada nas taxas do BCE.
O ministro italiano das Relações Exteriores, Antonio Tajani, um dos membros do governo da primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, que se manifestou contra o BCE, também pediu que o tratado de fundação do banco seja reformado.
"Hoje, o Banco Central Europeu está preocupado apenas em combater a inflação, (mas) isso não é suficiente, precisamos de um banco central que possa administrar a moeda para promover o crescimento", disse Tajani.
Em seu discurso na quinta-feira, Lagarde sugeriu aos repórteres que a barreira para outro corte no próximo mês é relativamente alta, destacando que seria improvável que os formuladores de política monetária tivessem dados suficientes para determinar se uma flexibilização adicional seria apropriada.
(Reportagem de Giuseppe Fonte)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.