Superlotada e temida por presas: como é prisão de Deolane no agreste de PE
Deolane Bezerra, 36, foi presa novamente - desta vez na CPFB (Colônia Penal Feminina de Buíque), a 280 km de Recife. A influenciadora "teve a prisão preventiva decretada por descumprimento de medidas cautelares impostas pela Justiça para a concessão de sua prisão domiciliar".
Segundo a SEAP/PE (Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização de Pernambuco), ela está em uma cela reservada para resguardar a sua integridade física, já que o caso é de repercussão pública.
A influenciadora e a mãe foram presas em 4 de setembro, durante a operação Integration, que tem o objetivo de identificar e desarticular uma organização criminosa voltada à prática de lavagem de dinheiro e jogos ilegais.
Como é a CPFB
Presídio feminino. A Colônia Penal Feminina de Buíque fica no agreste pernambucano, a 280 quilômetros de Recife. O local é de gestão pública, tem 45 agentes penitenciários e é destinado a quem cumpre pena em regime fechado.
Superlotada. A última inspeção realizada por juízes da execução penal registrada no Geopresídios, em agosto deste ano, diz que a CPFB tem capacidade projetada para 107 detentas e atualmente tem lotação de 228 presas (123 em caráter provisório, 101 em regime fechado e quatro por estarem gestantes).
É possível trabalhar e estudar. Ainda segundo o relatório, são oferecidas 37 vagas de trabalho interno —todas estão preenchidas. Também são oferecidas 130 vagas de estudo dentro da unidade, ao qual 90 estão ocupadas. A CPFB é considerada materno-infantil, e tem atualmente uma criança com a mãe.
Estrutura da unidade. A CPFB tem área destinada a visitas familiares, banho de sol, biblioteca, enfermaria e local de prática esportiva. No entanto, não tem local apropriado para assistência religiosa ou visitação intima - apesar de serem direitos assegurados. Apesar da superlotação, as condições do estabelecimento foram avaliadas como boas.
Mulheres temem ser transferidas para lá. Segundo relatório do CNJ de 2022, as mulheres dos presídios de Pernambuco vivem em um contexto em que brigas e agressões são frequentes. Elas são submetidas a isolamento preventivo, e temem serem transferidas para outras unidades como forma de castigo. "Sobretudo a Colônia Penal Feminina de Buíque", destaca o relatório.
Deolane tem colegas de presídio "famosas". Duas detentas da CPFB são conhecidas do nacionalmente: as Canibais de Garanhuns. Isabel Cristina Torreão Pires e Bruna Cristina Oliveira da Silva cumprem pena por uma série de crimes brutais, que envolvem assassinato, prática de canibalismo e ocultação de cadáveres.
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