Onda de calor: por que pneus do seu carro devem dar prejuízo quando esfriar
Diversas cidades do Brasil têm sofrido com mais uma onda de calor, que tem gerado tempo seco e temperatura elevada. A previsão é que o clima permaneça assim para os próximos dias, o que gera preocupação com um componente bastante comum dos carros.
Tenha você calibrado antes ou durante a alta do calor, a pressão interna dos pneus terá de ser revisada assim que o tempo voltar a esfriar.
Os que acabarem se esquecendo terão de arcar com aumento no consumo de combustível, desgaste dos pneus, maior risco de danos às rodas (caso caia em algum buraco), furos e até mesmo risco de sofrer algum tipo de acidente.
Clima esfriou, pneu esvaziou
A temperatura está diretamente relacionada com a variação da calibragem. Segundo a Continental em artigos que divulgou sobre o tema, observou-se que são necessários cerca de 5,5 ºC de aquecimento do pneu para que a sua pressão aumente uma libra. Ainda segundo ela, a cada 4 libras a menos, o consumo de combustível aumenta, em média, 1,5%.
Aqueles que, por exemplo, calibraram em um dia de calor - nos quais os pneus chegam a atingir temperaturas ainda mais altas do que as do ambiente, principalmente após rodar alguns quilômetros em asfalto quente - verão que, quando o clima voltar a esfriar, a temperatura do ar dentro dos pneus irá acompanhar em queda - derrubando a pressão no interior deles.
Ou seja, se, hipoteticamente, a temperatura de trabalho do pneu cair 15 ºC, o carro perderá aproximadamente três libras em cada um dos quatro cantos - ou mais, dependendo de quanto tempo fizer desde o último enchimento. Desse modo, se você não voltar ao posto para acertar a calibração, as chances de sofrer as consequências que mencionamos anteriormente aumentam.
Como se não bastasse, há ainda o risco disso gerar calibragens desiguais, que além de promover desgaste diferente entre os pneus, acabará forçando partes do veículo como o diferencial do carro, por exemplo.
Em decorrência do maior nível de desgaste nos ombros dos pneus, a estabilidade em curvas é comprometida, o que leva ao comprometimento da estabilidade em curvas, ao aumento do "peso" da direção e à degradação do poder de frenagem do veículo.
Segundo a NHTSA, agência governamental que cuida do trânsito nos Estados Unidos, rodar com pneus abaixo da pressão indicada é a causa número 1 dos problemas nos pneus, ainda assim, 27% dos carros e 32% das vans, caminhonetes e utilitários rodam com ao menos um pneu com calibragem abaixo do ideal.
E como as ruas brasileiras são esburacadas, vale dizer que quanto menos ar os pneus têm, mais vulneráveis as rodas ficam aos impactos. Logo, tornam-se mais suscetíveis a amassados.
Fique atento a algumas dicas
Sempre verifique o manual do fabricante, que indica a calibragem correta. Além disso, em alguns modelos, os valores estão indicados no próprio veículo - às vezes dentro da tampa do depósito de combustível, ou no batente da porta do motorista
Procure sempre calibrar antes de começar a viagem. Com isso, os pneus estarão o mais frios possíveis, o que ajuda a aumentar a precisão da leitura realizada pelo calibrador do posto e a garantir que o veículo nunca ficará abaixo da pressão recomendada
Se o carro estiver mais pesado do que o comum, consulte, novamente, o que diz o manual do fabricante sobre calibragem dos pneus com veículo carregado
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