Caso Marielle: julgamento de Lessa e Élcio é marcado para 30 de outubro
A Justiça marcou a data do julgamento dos ex-PMs Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, acusados de assassinar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes em 2018.
O que aconteceu
Júri foi agendado para o dia 30 de outubro. Informação foi confirmada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Decisão foi comunicada em audiência nesta quinta-feira (12). Reunião realizada no Fórum Central do Rio de Janeiro teve a participação do Ministério Público, de assistentes de acusação e das defesas dos réus.
Ofício enviado ao STF. Após a sugestão da data, um ofício foi enviado ao ministro Alexandre de Moraes, solicitando autorização para realização da sessão.
Defesas e promotoria desistiram de duas oitivas. Com isso, não será mais colhido o depoimento do delegado Giniton Lages e do policial civil Marco Antônio de Barros Pinto, que constavam entre as testemunhas.
Defesa e acusação terão prazo de dez dias para o saneamento final da prova oral. Como sugestão do MP, foi solicitado que os documentos que ultrapassem dez páginas sejam juntados ao processo até o dia 15 de outubro.
Advogado de Ronnie Lessa pediu para se reunir com cliente no dia 29. Solicitação foi aceita, e o presídio onde ele está será notificado para reservar a véspera do júri para uma entrevista.
Procurada pelo UOL, a defesa de Élcio Queiroz não quis se pronunciar.
'Não queria matar Anderson'
Recentemente, Lessa disse que não queria matar Anderson, o motorista de Marielle. Ele prestou depoimento ao STF (Supremo Tribunal Federal) em agosto.
Eu não tinha a intenção nenhuma de atingir o Anderson. O plano era matar Marielle. O Anderson morreu atingido pelos disparos que dei na vereadora.
Ronnie Lessa em depoimento
A resposta foi dada após questionamento do advogado Roberto Brzezinski Neto, que atua na defesa de Domingos Brazão. Os irmãos, Chiquinho e Domingos Brazão, são tidos como autores intelectuais do crime.
Lessa diz que ficaria milionário
Lessa afirmou que ele e o ex-PM Edmilson Oliveira da Silva, o Macalé, ganhariam R$ 25 milhões pelo crime. "Era no assassinato da Marielle que a gente ficaria milionário: eu colocaria R$ 25 milhões no bolso e o Macalé [colocaria] outros R$ 25 milhões", declarou o assassino confesso da vereadora do PSOL e do motorista Anderson Gomes.
Élcio disse que fechou delação após PF entrar no caso
Élcio dirigiu o carro que levou Lessa, réu confesso do assassinato, para matar a vereadora. Ele está preso e assinou acordo de delação com Polícia Federal, no qual também assumiu sua participação no crime.
Élcio disse que queria fechar a delação desde o início da repercussão sobre a morte da vereadora. No entanto, não o fez porque as investigações eram comandadas pela Delegacia de Homicídios da Polícia Civil do Rio de Janeiro, divisão que ele alegou não confiar por suspeitas de corrupção.
"Quando a PF entrou no caso, eu vi uma esperança para mim", afirmou. A PF também encontrou provas contundentes contra Élcio.
Em outro trecho do depoimento, o ex-PM disse que não tinha conhecimento prévio de que Ronnie Lessa cometeria o assassinato. Ao ser questionado, ele disse que entendeu que a execução seria algo "pessoal" e que Lessa não queria intromissão. Élcio também afirmou ter se sentido enganado e envolvido "em uma rede de mentiras".
Com Agência Brasil
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