Deputada petista Macaé Evaristo será nova ministra dos Direitos Humanos
A deputada estadual Macaé Evaristo (PT-MG) será a nova ministra dos Direitos Humanos, no lugar de Silvio Almeida.
O que aconteceu
O anúncio foi oficializado pelas redes sociais de presidente Lula (PT) nesta tarde. Evaristo aceitou o convite de Lula em visita ao Palácio da Alvorada nesta segunda (9). "Assinarei em breve sua nomeação. Seja bem-vinda e um ótimo trabalho", escreveu o presidente na postagem. A nomeação será publicada ainda hoje em edição extra do Diário Oficial da União.
Professora, Evaristo tem histórico na educação e no ativismo negro. Ela foi secretária municipal de Educação de Belo Horizonte, na gestão Márcio Lacerda (PSB), e estadual da Educação de Minas Gerais, na gestão Fernando Pimentel (PT). Durante o governo Dilma Rousseff (PT), foi secretária de Alfabetização, Diversidade e Inclusão. Ela está no primeiro mandato como deputada estadual. É prima da escritora Conceição Evaristo.
O governo queria uma mulher negra para assumir vaga. Silvio Almeida foi demitido na última sexta (6) após denúncias de assédio sexual. Segundo pessoas ligadas ao ministério, o governo não queria se arriscar após a crise da última semana e procurou resolver a questão logo, com um nome de consenso entre movimentos de direitos humanos e o partido.
A presidente petista, Gleisi Hoffmann, participou da reunião no Alvorada. Apesar do orçamento pequeno, a pasta era desejada pela base do PT, que gostou inicialmente da escolha de Almeida, um intelectual respeitado, mas agora quer retomar o comando do ministério.
A ministra Esther Dweck, de Gestão e inovação, assumiu a pasta interinamente. A então secretária-executiva de Almeida, Rita Cristina de Oliveira, pediu demissão também na sexta, após a exoneração do ministro. Cilair Rodrigues de Abreu assumiu como secretário-executivo interino, ele também é o número 2 de Esther no MGI.
Parabenizo o presidente Lula pela indicação da deputada mineira Macaé Evaristo. Ela possui uma trajetória marcada pelo trabalho exemplar desenvolvido na área da educação e na defesa dos direitos humanos.
Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Congresso Nacional
Ex-ministro foi acusado de assédio sexual
A ONG Me Too Brasil tornou pública as acusações contra Almeida, feitas de forma anônima, após reportagem do site Metrópoles. A reportagem citava a ministra Anielle Franco, da Igualdade Racial, como uma das vítimas.
Anielle confirmou denúncias de ONG. O UOL apurou com fontes próximas ao presidente Lula que a ministra confirmou a colegas da Esplanada que havia sido vítima de importunação sexual e assédio por parte de Almeida. Participaram dessa reunião o CGU (controlador-geral da União), Vinicius Carvalho, o AGU (advogado-geral da União), Jorge Messias, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, e Esther Dweck. O grupo se reuniu depois com Lula. Silvio Almeida também foi ouvido pelos colegas.
Almeida nega as acusações. Em nota divulgada após a demissão, o ex-ministro disse que pediu para ser demitido pelo presidente e que vai provar ser inocente.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.