Polícia prende pastor filipino procurado pelos EUA por exploração sexual de menores
A polícia filipina prendeu neste domingo (8) o pastor Apollo Quiboloy, procurado nos Estados Unidos por tráfico sexual de crianças. O anúncio foi feito pelo ministro do Interior do país, Benjamin Abalos, duas semanas após o início das operações de busca pelo líder religioso filipino, também conhecido por suas ligações políticas com a família do ex-presidente Eduardo Duterte.
"Apollo Quiboloy foi preso", disse o ministro em sua página oficial no Facebook, sem dar mais detalhes. Ele foi acusado de tráfico de pessoas por um tribunal filipino.
O pastor, que se autoproclama "filho de Deus", era membro da Igreja Pentecostal Unida, de onde saiu para fundar a Igreja Reino de Jesus Cristo em 1985, com sede nas Filipinas. A página do Facebook da igreja no Brasil tem mais de 3 mil seguidores.
O pastor também é conhecido por ter sido "conselheiro espiritual" do ex-presidente filipino Rodrigo Duterte.
Nicolas Torre, o chefe da polícia regional que liderou as operações para encontrá-lo na sede da seita na cidade de Davao, no sul das Filipinas, confirmou sua prisão numa coletiva de imprensa.
Cerca de 2.000 policiais foram enviados à sede da seita em 24 de agosto para cumprir um mandado de prisão. Torre, entretanto, não forneceu detalhes sobre as circunstâncias da prisão.
"Este é um esforço conjunto de todos os envolvidos", disse. "Estamos orgulhosos, hoje fizemos o nosso trabalho", frisou.
Exploração de mulheres
Em novembro de 2021, o Departamento de Justiça dos EUA acusou Apollo Quiboloy e dois outros homens de exploração sexual de mulheres que tinham entre 12 e 25 anos, entre 2002 e pelo menos 2018.
De acordo com a acusação do Departamento de Justiça dos EUA, o pastor, então com 71 anos, levou "meninas e mulheres jovens" para os Estados Unidos como assistentes pessoais antes de forçá-las a ter relações sexuais com ele sob pena de "condenação eterna".
Algumas também tiveram que arrecadar dinheiro para financiar o "estilo de vida luxuoso" dos líderes do grupo, incluindo Apollo Quiboloy, indicou na época o ministério americano.
Em fevereiro, numa mensagem de áudio postada no canal do YouTube de sua televisão, Sonshine Media, Quiboloy anunciou que estava se escondendo por medo de "sequestro ou assassinato" por parte dos governos americano e filipino.
(Com AFP)
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