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González Urrutia deixa Venezuela para exílio na Espanha

08/09/2024 09h39

ROMA, 8 SET (ANSA) - O ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, confirmou que Edmundo González Urrutia, ex-candidato de oposição a presidente da Venezuela, pediu asilo político e deixou o país sul-americano.   

Em uma publicação nas redes sociais, Albares declarou que o opositor de Nicolás Maduro teve sua solicitação "processada e concedida" pelo governo local, tanto que viajou até Madri em um avião da Força Aérea Espanhola.   

A operação diplomática que resultou na saída da Venezuela de Urrutia teria começado há duas semanas e, segundo informações da imprensa europeia, o ex-presidente espanhol José Luis Rodríguez Zapatero exerceu um papel fundamental no processo.   

O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, definiu o opositor de Maduro, que se refugiou na embaixada espanhola em Caracas, como "um herói", garantindo que Madri não o abandonaria.   

O alto representante da União Europeia para Política Externa, Josep Borrell, informou que a saída de González Urrutia de seu país natal marca "um dia triste para a democracia" em Caracas, pois aconteceu "perante a repressão, a perseguição política e as ameaças diretas à sua segurança e liberdade".   

"A UE insiste que as autoridades venezuelanas ponham fim à repressão, às detenções arbitrárias e ao assédio e libertem os presos políticos", afirmou Borrell.   

O ministro das Relações Exteriores da Holanda, Caspar Veldkamp, revelou que o opositor ficou hospedado secretamente na embaixada holandesa em Caracas durante mais de um mês após ter feito um "pedido urgente".   

González Urrutia, de 75 anos, tinha um mandado de prisão pendente na Venezuela por vários crimes, incluindo "incitamento à desobediência" e "conspiração", ligados aos protestos ocorridos após as eleições presidenciais. O ex-candidato foi chamado a depor três vezes, mas não compareceu.   

A vitória do presidente Maduro no pleito de 28 de julho, proclamada pela Justiça e pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), é contestada pela oposição e por boa parte da comunidade internacional. (ANSA).   

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