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Braço direito de Maduro nega reunião com Lula, Petro e Obrador

28.ago.24 - O presidente venezuelano Nicolás Maduro segura uma réplica da espada do herói da independência Simón Bolívar durante um comício para comemorar os resultados da eleição presidencial do mês passado, em Caracas, Venezuela - Fausto Torrealba/REUTERS
28.ago.24 - O presidente venezuelano Nicolás Maduro segura uma réplica da espada do herói da independência Simón Bolívar durante um comício para comemorar os resultados da eleição presidencial do mês passado, em Caracas, Venezuela Imagem: Fausto Torrealba/REUTERS

05/09/2024 12h52Atualizada em 05/09/2024 13h13

O ministro do Interior, da Justiça e da Paz da Venezuela, Diosdado Cabello, desmentiu que esteja programado um encontro de Nicolás Maduro com os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Gustavo Preto (Colômbia) e Andrés Manuel López Obrador (México).

A informação havia sido anunciada na noite de terça-feira (3) pelo ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Luis Gilberto Murillo, após um debate no Senado do país.

Cabello, que também é vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) e considerado o "número dois do chavismo", chamou Murillo de "mentiroso" e "traidor" por sua declaração. "Aquele homem [Murillo] acha que pode meter o nariz na Venezuela. Ele é ministro das Relações Exteriores da Colômbia, mas, na verdade, é uma cria dos Estados Unidos", disse o braço direito de Maduro.

O ministro venezuelano também questionou a pauta do suposto encontro entre os líderes latino-americanos. "Ele [Murillo] acredita ter o poder de dizer 'estamos organizando uma reunião entre Colômbia, Brasil e México para discutir a questão da Venezuela'. Qual questão? Nós, venezuelanos, nos ocupamos das questões da Venezuela", afirmou Cabello.

Colômbia, Brasil e México estão entre os países liderados pela esquerda na América Latina que não reconhecem a vitória de Maduro, validada pelo Supremo Tribunal de Justiça (TSJ), nem de seu opositor, Edmundo González Urrutia, devido à não apresentação das atas que comprovem o resultado das eleições de 28 de julho.

Em entrevista à CNN Brasil, o advogado de González, José Vicente Haro, disse que Lula seria o interlocutor ideal para negociar com Maduro e colocar fim na "injusta perseguição" que seu cliente, alvo de um mandado de prisão, tem sofrido.

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