Pablo Marçal (PRTB), candidato à Prefeitura de São Paulo, vende "sonhos" a paulistanos sem dizer como vai fazer, afirmou o colunista do UOL Leonardo Sakamoto durante participação no UOL News 2ª Edição desta quarta-feira (4).
Qual o real Pablo Marçal que vai administrar São Paulo [se ganhar]? Porque ele mesmo fala: 'Olha, estou fazendo um teatro no debate, no Roda Viva'. Dentro disso, exatamente nessa dificuldade de entender quem é Pablo Marçal, isso se traduz na dificuldade de se entender as propostas dele.
Ele não vai a fundo, coloca um documento raso à disposição, sem base exequível. Critica-se muito a esquerda porque os planos não são lastreados, ancorados em responsabilidade fiscal e no orçamento. O Pablo, na verdade, é uma peça de ficção no orçamento. Agora, ele se justifica muito bem, porque é um comunicador, ele vai ajustando o seu discurso a sua necessidade.
O discurso do Marçal com relação às promessas que ele faz gira em torno de uma única ideia: vender o sonho da prosperidade material, do poder de compra. Ou seja, ele quer vender a ideia de 'vota em mim que eu vou fazer você comprar aquilo que você sempre quis'. É um casamento perfeito com a teologia da prosperidade: 'Acredita em mim, acredita em Deus que você vai ter essa realização material'.
Leonardo Sakamoto, colunista do UOL
Sakamoto explica que esse tipo de discurso é atraente para eleitores que buscam a realização material, mas é ilusório.
Para um público que está em busca de realização material, de poder de compra, um público que vê, de certa forma, a sua cidadania atrelada ao seu poder de compra, esse discurso é excelente. E ele entrega um sonho, ele fala: 'Vou fazer isso, você vai ter uma empresa, vai ter 300 empregos, vai ter dinheiro, vai ter tudo'. Ele só não diz como vai chegar lá. Se depender do programa de governo dele, a promessa principal dele é que esse poder de compra não é exequível, ou seja, o que ele está prometendo não casa com a forma que ele está dizendo que vai fazer isso. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL
Quando questionado, ele fala: 'Não, não, qualquer coisa eu vejo o que eu faço em 1º de janeiro'. É um cheque em branco: ele promete um sonho de todo mundo poder comprar, ter emprego, negócios, empreendimentos, saúde e educação. Como vai chegar lá? A gente vê em 1º de janeiro. O que é terrível, porque a política é não apenas o ponto de chegada, mas como essa caminhada vai ser feita. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL
O UOL News vai ao ar de segunda a sexta-feira em duas edições: às 10h com apresentação de Fabíola Cidral e às 17h com Diego Sarza. O programa é sempre ao vivo.
Quando: De segunda a sexta, às 10h e 17h.
Onde assistir: Ao vivo na home UOL, UOL no YouTube e Facebook do UOL.
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