Rumo tem prejuízo de R$1,74 bi no 2º tri com impacto de efeitos extraordinários
SÃO PAULO (Reuters) - A transportadora logística Rumo apurou prejuízo líquido de 1,74 bilhão de reais no segundo trimestre, revertendo o lucro de 167 milhões de um ano antes, impactado por efeitos não recorrentes, conforme balanço divulgado nesta quarta-feira.
O trimestre foi afetado por eventos extraordinários, que incluíram as fortes chuvas no Rio Grande do Sul no período.
Segundo a transportadora, a tragédia no estado gaúcho provocou danos à infraestrutura ferroviária da Rumo Malha Sul, levando a empresa a realizar provisão para "impairment" de 2,58 bilhões de reais. "Cabe destacar que essa provisão é um ajuste contábil, sem efeito caixa", destacou a companhia no balanço.
Desconsiderando efeitos extraordinários, o lucro líquido ajustado no trimestre somou 721 milhões de reais, salto em relação ao ganho de 167 milhões do mesmo período de 2023.
Em paralelo, a Rumo atualizou suas projeções para o ano, e agora espera investimentos (capex) entre 5,4 bilhões e 5,7 bilhões de reais em 2024 e um volume transportado entre 80 bilhões e 82 bilhões de TKU (tonelada quilômetro útil), conforme fato relevante.
O volume transportado total de TKU da Rumo no segundo trimestre foi de 20,9 bilhões, crescimento de 2,5% ano a ano, com ganho de "market share" nos estados de Mato Grosso, Goiás e nos Portos de Santos, Paranaguá e São Francisco do Sul.
A empresa divulgou lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) negativo de 264 milhões de reais nos meses de abril a junho, versus Ebitda positivo de 1,45 bilhão de reais no mesmo período do ano passado. Com ajustes, o Ebitda somou 2,14 bilhões de reais, alta de 47,9% ano a ano.
Em sua atualização de guidance nesta quarta-feira, a empresa projetou um Ebitda ajustado entre 7,6 bilhões e 7,9 bilhões de reais para o ano.
A linha de despesas operacionais saltou de 54 milhões no segundo trimestre de 2023 para 2,49 bilhões de reais nos meses de abril a junho deste ano.
A alavancagem financeira da Rumo, medida pela relação entre dívida abrangente líquida e Ebitda ajustado, recuou para 1,5 vez, de 1,7 vez no trimestre anterior.
(Reportagem de Patricia Vilas Boas)
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