Vítimas do acidente aéreo da Voepass são identificadas e transferidas para enterro
Por Lais Morais
SÃO PAULO (Reuters) - Peritos do Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo identificaram até terça-feira os corpos de 35 das 62 pessoas que morreram em um acidente de avião em uma área residencial de Vinhedo (SP) na semana passada, matando todos a bordo, segundo as autoridades.
Um avião de transporte KC-390 da Força Aérea Brasileira (FAB) carregou os restos mortais de três passageiros de volta a Cascavel (PR), de onde a aeronave acidentada decolou a caminho de Guarulhos (SP).
Os corpos serão transportados à medida em que eles forem liberados do IML. Até o momento, foram liberados 17 corpos para os familiares, junto com os atestados de óbito.
As causas que levaram o avião turboélice ATR-72 operado pela companhia aérea regional Voepass a cair girando em direção ao solo ainda não foram estabelecidas.
Os investigadores recuperaram o gravador de voz da cabine de comando e o gravador de dados de voo e estão trabalhando neles no Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), em Brasília, para determinar a causa do acidente.
Um relatório preliminar é esperado dentro de 30 dias após o início dos trabalhos nos motores do avião, que foram levados para as instalações do Cenipa em São Paulo.
Vídeos da queda do avião foram analisados por especialistas em aviação e levaram alguns a especular que havia gelo acumulado na aeronave. Na sexta-feira, a Voepass disse que havia previsão de gelo nas altitudes em que o avião estava voando, mas que deveria estar dentro de um nível aceitável.
O avião caiu e explodiu no jardim de um condomínio residencial na cidade de Vinhedo, cerca de 80 quilômetros a noroeste de São Paulo. Ninguém no solo ficou ferido.
(Reportagem adicional de Anthony Boadle, em Brasília)
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