Thyssenkrupp vai financiar unidade de aço pelos próximos 2 anos
FRANKFURT (Reuters) - A Thyssenkrupp disse no sábado que sua divisão de aço deve ser reestruturada para financiar as necessidades de investimento com seus próprios recursos, mas que a empresa controladora forneceu segurança financeira para os próximos dois anos.
Os comentários do presidente-executivo da Thyssenkrupp, Miguel Lopez, foram feitos depois que o presidente da divisão de aço do grupo alemão disse que a empresa precisa preencher uma lacuna de financiamento de 1,3 bilhão de euros.
Sigmar Gabriel, da Thyssenkrupp Steel Europe (TKSE), fez o comentário sobre o financiamento na noite de sexta-feira, após uma reunião do conselho de administração.
A Thyssenkrupp está cortando sua participação na unidade de siderurgia, que enfrenta queda na demanda e nos preços dos produtos siderúrgicos.
Lopez disse que o objetivo dos esforços de recuperação em andamento é permitir que a TKSE ganhe dinheiro suficiente por conta própria para financiar suas necessidades de investimento e para lidar com qualquer ciclo temporário de baixa dos preços do aço no futuro.
O executivo também advertiu contra qualquer especulação sobre uma insolvência.
"As necessidades financeiras da Steel Europe para os próximos 24 meses serão garantidas pela Thyssenkrupp AG. Isso deve pôr fim, de uma vez por todas, a qualquer especulação. Nunca houve o perigo de insolvência e não haverá agora", disse Lopez.
O bilionário tcheco Daniel Kretinsky acertou na semana passada a compra de uma participação de 20% na TKSE e está em negociações para comprar mais 30%. Kretinsky estava presente na reunião de diretoria de sexta-feira.
Gabriel também disse na sexta-feira que uma auditoria externa será realizada antes do final do ano para determinar a reestruturação da unidade e as necessidades de financiamento.
Lopez acrescentou no sábado que essa auditoria servirá para que a TKSE seja vista sob uma perspectiva "sóbria e realista".
A venda da TKSE, que está intimamente ligada à história da Alemanha, tem sido repleta de dificuldades há anos, principalmente porque a empresa precisa de bilhões de euros para continuar investindo e recuperar competitividade ante rivais asiáticos.
(Por Ludwig Burger)
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