Autoridades palestinas anunciam doze mortes em operações israelenses na Cisjordânia

As autoridades palestinas anunciaram a morte de 12 pessoas nesta terça-feira (6) na Cisjordânia em três operações israelenses distintas neste território ocupado, onde a violência não dá trégua.

Cinco pessoas morreram na região de Jenin e quatro na cidade de Aqaba, distrito de Tubas, em operações de madrugada lançadas pelas forças israelenses, afirmaram o Crescente Vermelho palestino e o Ministério da Saúde palestino em Ramallah. 

A terceira operação ocorreu na localidade de Kafr Qud, a oeste de Jenin, onde mais três pessoas morreram e duas ficaram feridas, segundo o Exército israelense.

As forças militares israelenses acrescentaram que realizaram ataques aéreos contra "células terroristas armadas" na região de Jenin. 

O Crescente Vermelho relatou mortes e feridos "como resultado do bombardeio por parte do ocupante de dois veículos".

Moradores da cidade de Aqaba explicaram que as forças israelenses chegaram de madrugada e cercaram a casa de Amid Ghanam, provocando confrontos entre soldados e jovens. 

Ghanam e outras duas pessoas morreram nos confrontos. A quarta vítima nesta cidade foi um adolescente que morreu perto de um hospital, disse à AFP o governador de Tubas, Ahmed Asad. 

O prefeito de Aqaba, Abdelrazzaq Abuarra, disse que o adolescente foi "assassinado a sangue frio".

A Cisjordânia, território palestino ocupado por Israel desde 1967, vive há dois anos um surto de violência, agravado pela guerra na Faixa de Gaza, desencadeada em 7 de outubro por um ataque sem precedentes do movimento islamista palestino Hamas em território israelense. 

Desde essa data, pelo menos 617 palestinos morreram na Cisjordânia ocupada por soldados ou colonos israelenses, segundo as autoridades palestinas. 

Por sua vez, pelo menos 17 israelenses, incluindo soldados, morreram em ataques ou ataques palestinos, segundo dados oficiais israelenses.

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