Bombardeios israelenses deixam 48 mortos em Gaza, diz Defesa Civil
A Defesa Civil da Faixa de Gaza, órgão vinculado ao Hamas, anunciou nesta terça-feira (16) a morte de 48 pessoas em três bombardeios israelenses no território palestino, incluindo um contra uma uma escola.
Mohammed al Mughair, funcionário da Defesa Civil, declarou que 48 pessoas morreram, elevando a cifra anterior, de 44, informada à tarde pelo porta-voz da organização, Mahmud Basal, com relação ao que havia descrito como "três massacres em menos de uma hora".
Os bombardeios ocorreram perto de um posto de gasolina de Al Mawasi, a oeste de Khan Yunis, no sul da Faixa; em uma escola administrada pela ONU no campo de refugiados de Nuseirat, no centro, e perto de uma rotatória em Beit Lahia, no norte do território palestino.
O Exército israelense confirmou ter bombardeado "terroristas ativos em uma escola da UNRWA [agência da ONU para os refugiados palestinos] na região de Nuseirat" e "um chefe" da Jihad Islâmica "no oeste de Khan Yunis".
Segundo o Exército, o Hamas "aproveita as estruturas civis e a população como escudo humano". Em um intervalo de dez dias, pelo menos sete escolas, muitas delas administradas pela UNRWA, foram alvo de ataques do Exército israelense.
Al Mughair disse à AFP que pelo menos 25 pessoas morreram no bombardeio contra a escola de Al Razi, onde o Crescente Vermelho palestino afirmou que "milhares de pessoas deslocadas" estavam alojadas.
O hospital Al Awada de Nuseirat assinalou que pelo menos 48 feridos deram entrada no centro médico após o ataque.
Outras 18 pessoas morreram e 25 ficaram feridas em Al Mawasi e cinco morreram na rotatória de Beit Lahia, segundo a Defesa Civil.
Al Mawasi foi declarada "zona humanitária" pelo Exército israelense. Porém, Israel atacou no último sábado nesse local o chefe do braço armado do Hamas, deixando pelo menos 90 mortos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.
Cerca de 90% da população do território se deslocou pelo menos uma vez desde que a guerra entre Israel e o Hamas começou, em 7 de outubro de 2023, segundo a ONU. Muitos buscam refúgio em edifícios, sobretudo escolas, mas também em pátios de clínicas e hospitais.
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