Zelenskiy planeja segunda cúpula de paz em novembro e diz que Rússia deveria participar
Por Max Hunder
KIEV (Reuters) - O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, disse nesta segunda-feira que pretende ter um plano pronto em novembro para permitir que Kiev realize uma segunda cúpula internacional sobre sua visão de paz para o conflito no país, acrescentando que representantes da Rússia deveriam participar.
A Ucrânia recebeu delegações de 92 países em uma primeira cúpula na Suíça, no mês passado, para apresentar seu projeto de paz. A Rússia, que invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022, não foi convidada para o evento e descartou sua relevância.
"Estabeleci uma meta de que em novembro teremos um plano totalmente pronto", disse Zelenskiy em uma coletiva de imprensa em Kiev. "Acho que os representantes da Rússia deveriam estar presentes na segunda cúpula."
Ele fez as declarações após retornar de uma visita a Washington para uma cúpula da aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na semana passada.
Autoridades ucranianas já haviam dito anteriormente que representantes russos poderiam ser convidados para uma nova cúpula.
Um vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia disse na semana passada que Moscou não participaria de uma nova cúpula. O Kremlin foi menos categórico e disse que não havia "nenhuma substância precisa" em relação à ideia de uma segunda cúpula.
A primeira cúpula discutiu três dos 10 pontos apresentados pela Ucrânia como a "fórmula" de paz de Zelenskiy, incluindo segurança alimentar, segurança nuclear e a libertação de prisioneiros de guerra e crianças.
Autoridades ucranianas disseram que a segunda cúpula discutiria um plano elaborado antecipadamente por dezenas de países divididos em grupos de trabalho.
Zelenskiy disse que as autoridades provavelmente se reunirão no Catar no final de julho ou início de agosto para definir uma posição sobre segurança energética. Uma reunião sobre segurança alimentar deverá ocorrer na Turquia em agosto e outra no Canadá em setembro sobre prisioneiros de guerra e crianças, disse ele.