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Jovem é morta dentro de casa de companheiro no RJ; suspeito está foragido

Crislayne Vieira Botazini - Reprodução/Redes Sociais
Crislayne Vieira Botazini Imagem: Reprodução/Redes Sociais
do UOL

Vinícius Rangel

Colaboração para o UOL, em Vitória

13/07/2024 14h26Atualizada em 13/07/2024 17h03

Uma capixaba de 19 anos foi encontrada morta com marcas de violência pelo corpo, dentro da casa do próprio companheiro em Campos dos Goytacazes (RJ).

O que aconteceu

Vizinho foi até a polícia relatar que encontrou Crislayne Vieira Botazini caída já sem vida em uma casa com porta aberta. O principal suspeito do crime, proprietário da residência, já tem um mandado de prisão em aberto por envolvimento em caso de estupro, em Quissamã (RJ), em 2022.

A vítima estava com marcas de sangue nas partes íntimas e também com sinais de violência na região do pescoço. Ao lado dela tinha uma corda e uma sacola enrolada perto da boca.

O principal suspeito do crime é Paulo Roberto Ferreira, de 45 anos, companheiro de Crislayne. O homem alugou o imóvel há poucos meses por causa do trabalho como motorista de caminhão para cana-de-açúcar. Os dois foram vistos na noite anterior ao crime. Paulo teria levado a jovem para a residência e cometido o assassinato por volta de 00h20, segundo as investigações.

O suspeito está foragido. O UOL tenta contato com a defesa. Em caso de manifestação, o texto será atualizado.

"Vizinhos nos relataram que eles pediram uma pizza durante a noite. Ele seria um homem muito ciumento e queria ter sempre acesso ao celular dela. Acredita-se que ele cometeu o crime depois da meia-noite, porque alguns minutos depois, o mesmo mandou uma mensagem em áudio para o grupo de trabalho, dizendo que iria embora. Agradeceu a oportunidade de trabalho e depois saiu do grupo. Ninguém conseguiu falar com ele ainda" soldado Nival, ao UOL

Amigos souberam da morte após policial atender telefone

Crislayne nasceu e foi criada em Cariacica, na região metropolitana de Vitória, no Espírito Santo. Ela havia se mudado para a cidade fluminense há dois anos. Foi morar com uma amiga na expectativa de conseguir novas oportunidades de trabalho. "A gente ficou sabendo da morte pela amiga dela. A amiga não conseguia falar com ela durante à noite. Já à tarde, ela voltou a ligar e conseguiu falar, mas quem atendeu a ligação foi um policial civil. A polícia atendeu o telefone dela [Crislayne] e disse que ela estava morta. Até a hora a gente não acredita nisso. A ficha ainda não caiu que isso aconteceu", contou a prima, Thaís Botazini.

"Queremos que ele pague pelo crime que cometeu. Ele foi covarde demais. Um monstro merece ficar preso. Como um bandido consegue viver em sociedade? Ele merece viver dentro de uma cadeia e sofrer tudo o que ele causou na nossa família. Isso não se faz com ninguém, nem com uma menina inocente como ela. Ela só queria viver a vida dela e hoje estamos vivendo essa tragédia", Bel Botazini, prima da vítima, ao UOL

Tristeza e revolta no enterro. Crislayne foi enterrada na tarde de ontem, em um cemitério do bairro Aparecida, na mesma cidade onde nasceu. Dezenas de familiares e amigos foram prestar as últimas homenagens. Muitos demonstraram revolta pela morte da jovem e reforçaram o pedido de justiça.

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