Alguns países da UE não enviarão ministros a reuniões em protesto contra viagem de Orbán à Rússia
ESTOCOLMO (Reuters) - A Suécia e vários outros países da União Europeia não enviarão ministros para reuniões governamentais ligadas à presidência da Hungria na UE neste mês, em um protesto contra as conversas de Victor Orbán com o presidente russo, Vladimir Putin, informou o governo sueco.
Orbán, primeiro-ministro da Hungria, manteve conversações com Putin na semana passada sobre um possível acordo de paz na Ucrânia, irritando alguns líderes da UE que alertaram contra o apaziguamento de Moscou e disseram que Orbán não falava em nome do bloco de 27 países.
Fontes disseram à Reuters que Orbán, um nacionalista que frequentemente tem se desentendido com outros líderes da UE, também se encontrará com Donald Trump nesta quinta-feira, na residência do candidato presidencial republicano na Flórida.
"As ações húngaras durante a presidência (da UE) são prejudiciais e devem ter consequências. A Suécia, portanto, não participará em nível político durante as reuniões informais de governo em julho", disse Jessika Roswall, ministra sueca para assuntos da UE, em uma declaração por escrito à Reuters nesta quinta-feira.
Roswall disse que Suécia, Finlândia, Estônia, Letônia, Lituânia e Polônia seriam representadas apenas por funcionários públicos e que outros países-membros da UE estavam discutindo ações semelhantes.
A Hungria ocupa a presidência rotativa da UE por seis meses, até 31 de dezembro.
(Reportagem de Johan Ahlander)