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Médico é indiciado por importunação sexual contra alunas de medicina em GO

Residente assediava alunas de medicina  - Reprodução / Polícia Civil
Residente assediava alunas de medicina Imagem: Reprodução / Polícia Civil
do UOL

Colaboração para o UOL, em São Paulo

09/07/2024 15h49

A Polícia Civil de Goiás indiciou o médico João Paulo Ferreira Castro pelo crime de importunação sexual contra cinco estudantes de medicina em Anápolis.

O que aconteceu

João Paulo, que atuava como médico residente, é suspeito de importunar sexualmente pelo menos cinco alunas de medicina. Entretanto, segundo informações da delegada Isabella Joy o número de vítimas do médico pode ser superior a 50. Joy pediu para que outras vítimas compareçam à delegacia para denunciar o suspeito.

Médico chegou a ser preso preventivamente, mas foi solto após sete dias na cadeia. João Paulo era residente na UniEvangélica. As importunações foram contra alunas de medicina no ano passado, segundo a Polícia Civil.

Na ocasião da prisão, os investigadores também cumpriram mandado de busca e apreensão contra ele. A polícia divulgou a imagem do residente para que novas vítimas e testemunhas possam denunciá-lo. A divulgação foi autorizada nos termos da Lei 13.869/2019 e da Portaria 547/2021-PC, conforme despacho da Delegada de Polícia responsável pelo inquérito policial.

O médico tem cadastro regular. Ao UOL, o CFM (Conselho Federal de Medicina) disse que caso é acompanhado por autoridades policiais e pela Justiça e que não vai comentar o caso. "O CFM informa que denúncias e queixas sobre a conduta técnica e ética durante a atuação de profissionais no exercício da atividade médica podem ser apresentadas ao conselho de medicina do estado onde os fatos ocorreram. Os relatos serão encaminhados para análise e tomada das providências cabíveis", diz a nota.

Defesa do médico afirmou que a prisão foi um "exagero" e aguarda audiência de instrução. O advogado Edvaldo Adriany Silva disse que seu cliente é inocente e que está sendo acusado por "curtir a foto de uma colega". Defesa diz aguardar a audiência de instrução em que ambas as partes serão ouvidas, para que João Paulo esclareça que "as supostas importunações não ocorreram".

UniEvangélica disse em nota que está acompanhando o caso. ''Desde que tomou conhecimento dos referidos acontecimentos, a instituição adotou todas as medidas administrativas pertinentes e prontamente se colocou à disposição das autoridades competentes para fornecer quaisquer esclarecimentos ou informações que possam ser úteis à investigação em curso.''

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