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UE concorda em usar € 1,4 bi de ativos russos para ajudar Ucrânia apesar de oposição da Hungria

24/06/2024 13h45

Os países da União Europeia (UE) concordaram na segunda-feira (24) em usar € 1,4 bilhão de ativos russos congelados para financiar a ajuda à Ucrânia, contra a posição da Hungria, relutante sobre o tema.

 

Os governos da UE já tinham decidido em maio, utilizar os lucros dos ativos congelados para ajudar a Ucrânia e dirigir 90% deles para assistência militar. A Hungria, no entanto, bloqueou a aprovação das medidas legais necessárias, segundo diplomatas.

Budapeste, que quer manter as boas relações com Moscou, não fornece armas à Ucrânia e o primeiro-ministro Viktor Orban acusa a União Europeia e a Otan de alimentarem o conflito entre Kiev e Moscou.

Em uma reunião de ministros das Relações Exteriores do bloco na segunda-feira, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, disse que a unanimidade, normalmente necessária para decisões de política externa, não era necessária, uma vez que a Hungria já se recusou a participar nas decisões relativas ao uso de ativos congelados.

"Uma vez que a Hungria não participou na decisão, não há necessidade de participar na implementação", disse ele aos jornalistas ao chegar à reunião.

Protestos nas redes sociais

O ministro das Relações Exteriores húngaro, Peter Szijjarto, não se manifestou muito durante a apresentação do plano por Josep Borrell em Luxemburgo, e preferiu se expressar no Facebook.

"Esta é claramente uma linha vermelha, nunca antes houve um ataque tão descarado às regras europeias comuns", denunciou.

"Nem é preciso dizer que os nossos colegas em Bruxelas, a nossa equipe jurídica na UE, estão examinando a possibilidade de uma via legal para exigir justiça para a Hungria", acrescentou Peter Szijjarto, enquanto o país se prepara para assumir a presidência rotativa da União Europeia.

Josep Borrell indicou que a primeira parcela de ativos avaliada em € 1,4 bilhões de euros deverá estar disponível já na próxima semana.

O plano da UE é separado da decisão dos líderes do G7 no início deste mês de conceder um empréstimo de U$ 50 bilhões a Kiev, utilizando juros de ativos soberanos russos congelados.

(Com AFP)

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