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Como GWM trabalha para abastecer clientes mesmo sem fábrica no Brasil

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Imagem: Divulgação
do UOL

Gabriel Lima

Colaboração para o UOL

24/06/2024 11h05

Em sua investida no Brasil que iniciou há cerca de dois anos, a chinesa GWM visa implementar política de preço único para peças de reposição, com controle para que suas concessionárias de todo o país cobrem o mesmo valor.

A prática - além de se apoiar em estoque de peças importado da China, localizado em um centro de distribuição em Cajamar (SP) - planeja fazer com que a montadora não perca seus clientes para oficinas fora de sua rede oficial, evitando repasses de componentes genuínos excedentes para concorrentes para manter o mesmo preço.

Estratégia de pós-venda

A convite da GWM, o UOL Carros visitou seu centro de distribuição, na cidade de Cajamar - em localização estratégica, por ser próxima dos aeroportos de Viracopos e Guarulhos e do porto de Santos.

Lá estão estocadas aproximadamente 523 mil peças para os modelos Ora 03 e Haval H6 - o que é capaz de atender a demanda da fabricante no Brasil por até nove meses.

De acordo com a marca, há disponibilidade de 96% dos componentes da linha Haval (2.200 tipos diferentes de peças) e de 97% da linha Ora (1.500 tipos de peças diferentes) no local. Entre eles estão partes comuns aos dois modelos, componentes de alto giro (lanternas, faróis e para-choques) e de baixo giro (baterias de alta voltagem para híbridos e elétricos e peças de funilaria).

Com tudo isso, a fabricante atende em geral a cada 98 a cada 100 pedidos prontamente, uma média alta para o mercado brasileiro, que em geral varia de 90 a 95 atendimentos a cada 100 para uma montadora.

Para o diretor de pós-vendas da marca, Daniel Conte, a boa disponibilidade de peças é um pilar para a marca cada vez mais quebrar o preconceito ainda existente no mercado com montadoras chinesas.

Para o controle do preço, a fabricante faz o tabelamento de suas peças e o controle das notas fiscais de saída das concessionárias. A GWM também premia financeiramente empreendimentos que seguirem a aplicação da tabela.

Com isso, a marca visa evitar uma prática que é comum no Brasil, de montadoras recompensarem concessionárias por metas de vendas de peças. Desta forma, se oferece ao cliente apenas os serviços dentro do plano de manutenção de fábrica.

A chave para isso é o conceito de fabricação 'just-in-time', inventado no Japão e seguido pela chinesa GWM. Nele, para cada peça vendida uma nova é fabricada para o estoque.

Com 80 profissionais e 63 armazéns (além de Cajamar, dois na China, 45 concessionárias e 15 fornecedores), a marca se prepara para seguir suprindo seus clientes antes da inauguração de sua fábrica brasileira, no 2º semestre, adquirida da Mercedes-Benz em Iracemápolis (SP).

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