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Kremlin denuncia 'eliminação de rivais políticos' nos EUA, após condenação de Trump

31/05/2024 07h04

O Kremlin denunciou nesta sexta-feira (31) a "eliminação dos rivais políticos" nos Estados Unidos, um dia depois de Donald Trump ter sido considerado culpado em um julgamento criminal em Nova York, a cinco meses das eleições presidenciais. 

"Está claro que há uma eliminação de rivais políticos por todos os meios legais e ilegais possíveis", disse o porta-voz presidencial russo, Dmitri Peskov. 

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, afirmou que as acusações de Moscou são um "reflexo" da ação dos russos.

"Eu diria que é um caso clássico de projeção", um reflexo do que os próprios russos fazem, declarou Blinken em uma coletiva de imprensa em Praga.

Na quinta-feira, o ex-presidente republicano, que aspira retornar à Casa Branca em novembro, foi considerado culpado das 34 acusações apresentadas por falsificação de documentos contábeis para ocultar um pagamento destinado a silenciar a ex-atriz pornô Stormy Daniels. 

O republicano, que foi libertado sem fiança após a audiência, poderá ser condenado a quatro anos de prisão em cada acusação, mas provavelmente receberá liberdade condicional.

Mesmo assim, Trump não está impedido de continuar sua disputa com o presidente Joe Biden nas eleições de novembro. 

A sentença será pronunciada em 11 de julho por um juiz do tribunal de Manhattan, e um de seus advogados, Todd Blance, disse que recorrerá em seguida. 

No passado, Donald Trump expressou sua admiração pelo presidente russo, Vladimir Putin. 

O ex-presidente, que está em campanha há meses, critica a Otan, que apoia Kiev contra o Exército russo há mais de dois anos, e afirmou várias vezes que, se eleito, será capaz de pôr fim ao conflito entre Rússia e Ucrânia. 

Oficialmente, Putin afirma que prefere ver Joe Biden na Casa Branca, o que para muitos observadores americanos significa exatamente o contrário.

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© Agence France-Presse

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