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Por que comprar carro elétrico e híbrido pensando na revenda é mau negócio

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Imagem: Shutterstock
do UOL

Julio Cabral

Colaboração para o UOL

29/05/2024 08h00

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Um novo estudo da Bright Consulting estudou o quanto os carros elétricos, híbridos e híbridos plug-in desvalorizam no nosso mercado. A primeira conclusão é de que eles perdem mais valor do que modelos a combustão, diferença que pode chegar a um pouco mais do que o dobro.

Alguns fatores incentivam a desvalorização, segundo a consultoria. Entre os elétricos puros, são pontos como preço mais alto, pequena rede de pontos de recarga, expectativa de vida das baterias e autonomia. Por isso mesmo, os automóveis do tipo são os que desvalorizam mais no trio. São 9% de média de perda de valor em um ano, 3% a mais do que os 6% dos carros a combustão.

Por incrível que pareça, os híbridos convencionais compartilham o mesmo patamar médio. A diferença de desvalorização acontece mais por produto. Alguns chegam a 20%, enquanto outros não chegam a 10%. Provavelmente, são híbridos com grande presença de mercado.

Os plug-in perdem menos valor, marcando 7%, a menor média. Há também os híbridos suaves (ou mild), carros que trabalham com uma espécie de super alternador, que chegam a 8%.

De acordo com a Bright Consulting, o preço dos veículos influenciam na desvalorização. Carros elétricos mais caros/premium (superiores a R$ 300 mil) desvalorizam 8% O valor sobe a 15%, em média, para os modelos abaixo desse patamar. É duas vezes e meia o índice médio de automóveis a combustão.

O fato dos consumidores ainda terem receio de investir em uma tecnologia que somente agora está se difundindo mais. Além disso, o número cada vez maior de tais tipos de veículos levará ao amadurecimento do mercado e, com isso, uma perspectiva de diminuição da desvalorização.

Não será um futuro distante. O estudo da consultoria foi o primeiro a calcular o quanto modelos desses tipos perdem no primeiro ano de propriedade. Mas os números podem mudar em breve.

"O lançamento de veículos elétricos de grande volume abaixo de R$ 200 mil - e, agora, a partir de R$ 100 mil - tem contribuído muito para o crescimento do mercado de veículos eletrificados, que atingiu 7,5% das vendas de março: 3,5% para elétricos puros 1,7% para híbridos plug-in; 1,6% para híbridos convencionais e 0,7% para híbridos leves", afirma a Bright Consulting.

Com a expansão do mercado de elétricos e híbridos de todo tipo, o processo de aceitação do mercado deve crescer. A questão é se acontecerá na mesma proporção.

Há um ponto em que o estabelecimento de impostos de importação e a anulação de isenções deve mexer: os preços. Os dados da consultoria apontam que 2024 registrou uma valorização dos elétricos (2%), híbridos leves (1%) e híbridos plug-in (4%). Somente os híbridos convencionais não aumentaram.

Confira a tabela de desvalorização anual:

Combustão - 6%

Elétricos - 9%

Híbridos - 9%

Híbridos leves - 8%

Híbridos plug-in - 7%

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