Em reunião do G7, ministros europeus defendem abordagem comum para lidar com práticas da China
Durante a reunião do G7 de ministros da economia, representantes europeus defenderam uma abordagem comum para fazer frente às práticas comerciais chinesas vistas como injustas. As declarações vieram após os Estados Unidos anunciarem novas tarifas unilaterais para produtos do país asiático.
"Se você quer uma frente comum, não pode decidir sozinho. Não à medidas prejudiciais a outros países", afirmou o Comissário Europeu para Economia, Paolo Gentiloni, em coletiva. "Não podemos nos dividir em relação à China. Estamos trabalhando aqui em Stresa para evitar competir uns com os outros na resposta a práticas comerciais desleais", afirmou o ministro das Finanças da Itália, Giancarlo Giorgetti, em conversa coma imprensa. O país detém a presidência do G7 neste ano.
Devemos tornar nossas cadeias de abastecimento menos dependentes da China, disse o ministro das Finanças alemão, Christian Lindner. "Ao mesmo tempo, somos defensores de um comércio mundial livre e justo e não podemos permitir que este seja enfraquecido por disputas comerciais. As guerras comerciais só têm perdedores", escreveu em sua conta no X.
Na quinta-feira, a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, argumentou que o excesso de capacidade chinês ameaça empresas de todo o mundo e representa um desafio até mesmo para o crescimento da China. "Essa não é uma questão bilateral entre EUA e China", defendeu, em discurso divulgado nesta sexta. "É fundamental que nós e o crescente número de países que identificaram essa preocupação apresentemos uma frente clara e unida."
O G7 é composto pelas economias mais industrializadas do mundo (Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Canadá) e a União Europeia.
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