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EUA proíbe importações de 26 têxteis chinesas por trabalho forçado

16/05/2024 14h05

Os Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira (16) a inclusão de 26 empresas chinesas do setor têxtil, acusadas de utilizar algodão proveniente de Xinjiang, à sua lista de companhias às quais a exportação para o país é proibida, em aplicação da lei de prevenção do trabalho forçado contra os uigures (Uyghur Forced Labor Prevention Act - UFLPA, na sigla em inglês).

Em vigor desde o final de 2021, a lei visa garantir que as empresas americanas não financiem atividades baseadas no trabalho forçado dessa minoria muçulmana da China.

As 26 empresas sancionadas não têm sede em Xinjiang, mas são acusadas de se abastecerem com algodão produzido na região do extremo oeste da China.

O objetivo de adicionar essas empresas à lista, que agora abrange mais de 80 firmas, é "melhorar a transparência e garantir que as companhias responsáveis possam verificar suas redes de abastecimento e assegurar que não incluam produtos derivados do trabalho forçado", afirmou em comunicado o Departamento de Segurança Nacional dos Estados Unidos.

"O anúncio de hoje fortalece nossa aplicação da UFLPA e exige que as empresas verifiquem a origem de seus produtos, a fim de evitar que aqueles resultantes de trabalhos forçados ingressem em nosso território", garantiu o secretário de Segurança Interna, Alejandro Mayorkas, citado no comunicado.

"Continuaremos cumprindo a lei no setor tecnológico e responsabilizaremos a China por sua exploração e abuso do povo uigur", acrescentou.

Em outra declaração, a presidente do Conselho Nacional de Organizações Têxteis (NCTO, na sigla em inglês), Kim Glas, "recebeu com satisfação" o anúncio, considerando-o "um passo importante".

els/vmt/ktr/dg/mar/ms/jc

© Agence France-Presse

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