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Chanceler alemão pede que China pressione Putin a deter guerra na Ucrânia

15/04/2024 23h36

O chefe de Governo da Alemanha, Olaf Scholz, declarou nesta terça-feira (16) que pediu ao presidente da China, Xi Jinping, que pressione a Rússia para que Vladimir Putin acabe com sua "campanha absurda" na Ucrânia.

"A palavra da China tem peso na Rússia", escreveu na rede social X o chanceler alemão, que deseja que as tropas russas se retirem da Ucrânia e que esta "guerra terrível acabe".

Scholz chegou no domingo à China, acompanhado por uma grande delegação de ministros e empresários, para sua segunda visita ao país desde que assumiu o poder, no fim de 2021.

Antes de Pequim, o chanceler visitou Chongqing, no sudoeste da China, e a capital econômica Xangai.

A visita de três dias foi concentrada em fortalecer as relações econômicas, mas Scholz abordou o conflito na Ucrânia durante a reunião com o presidente Xi Jinping nesta terça-feira.

"A guerra de agressão russa na Ucrânia e o armamento da Rússia têm um impacto negativo muito importante na segurança da Europa", afirmou Scholz a Xi, segundo uma gravação divulgada pela equipe do chanceler.

Mais tarde, o governante alemão disse que concorda com Xi em apoiar a Conferência de Paz na Ucrânia que a Suíça planeja organizar nos dias 15 e 16 de junho.

A respeito da guerra, a China fez apelos ao diálogo, com uma oposição a qualquer utilização de armas nucleares e pedindo o respeito à integridade territorial "de todos os países".

Pequim, no entanto, nunca condenou publicamente a invasão russa, que começou em fevereiro de 2022, e exige frequentemente que as preocupações de segurança de Moscou em relação à Otan sejam levadas em consideração.

Xi Jinping considerou "indispensável uma cooperação entre grandes potências para lidar com os crescentes riscos e desafios" que a comunidade internacional enfrenta, segundo a televisão estatal chinesa CCTV.

Ele também apresentou "quatro princípios" a Scholz para impedir que a crise na Ucrânia alcance um nível "fora de controle", segundo a agência Xinhua.

"É recomendável concentrar-se na manutenção da paz e da estabilidade e abster-se de querer tirar proveito de forma egoísta da situação", declarou o presidente chinês, que exigiu que "não se jogue mais lenha na fogueira".

bur-je/cwl/nn/arm/mas/arm/fp/aa

© Agence France-Presse

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