Tempo está se esgotando para Sudão devastado pela guerra, alerta OMS
GENEBRA (Reuters) - A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse nesta sexta-feira que a crise no Sudão pode se agravar nos próximos meses, já que a distribuição de ajuda humanitária e suprimentos médicos continua restrita.
A guerra eclodiu no Sudão em 15 de abril de 2023, entre o Exército sudanês e as paramilitares Forças de Apoio Rápido (RSF), devastando a infraestrutura do país, provocando alertas de fome e deslocando milhões de pessoas dentro e fora do país.
Milhares de civis foram mortos, embora as estimativas do número de mortos sejam altamente incertas, e ambos os lados foram acusados de cometer crimes de guerra.
"O tempo está se esgotando. Sem o fim dos combates e o acesso irrestrito para a entrega de ajuda humanitária, a crise do Sudão se agravará dramaticamente nos próximos meses e poderá afetar toda a região", disse o porta-voz da OMS Christian Lindmeier.
"Estamos vendo apenas a ponta do iceberg, e a situação pode ser muito mais terrível."
Lindmeier afirmou que 15 milhões de pessoas estavam precisando de assistência médica urgente e que doenças como cólera, malária e dengue estavam se espalhando.
Ele disse que os suprimentos médicos no país foram estimados em cerca de 25% das necessidades, e que 70 a 80% das instalações de saúde sudanesas não estavam funcionando devido ao conflito.
"Alguns Estados, como Darfur, não receberam suprimentos médicos no último ano", declarou Lindmeier.
Os surtos de doenças estão aumentando à medida que os serviços de saúde pública, incluindo vacinação, são interrompidos, segundo ele.
(Reportagem de Gabrielle Tétrault-Farber)
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