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Pai que matou filha e escondeu corpo em buraco é morto por detento na prisão

Pai que matou filha disse que ela estaria apoiando a mãe em nova relação - Reprodução/ Facebook
Pai que matou filha disse que ela estaria apoiando a mãe em nova relação Imagem: Reprodução/ Facebook

São Paulo

04/04/2024 11h08Atualizada em 04/04/2024 16h13

O homem de 39 anos que confessou ter matado a própria filha de 18 anos e escondeu o corpo da vítima em um buraco em uma via do centro de São Paulo morreu após ser asfixiado por outro detento, de 38, na noite da terça-feira (2), no Centro de Detenção Provisória II de Pinheiros, zona oeste da capital paulista.

Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo), Wellington da Silva Rosas foi levado ao pronto-socorro da Lapa, na mesma região, mas não resistiu. "A autoridade policial representou pela conversão da prisão em flagrante em preventiva ao Judiciário", disse a pasta. Ele estava detido no CDP há uma semana.

O caso foi registrado como homicídio pelo 91º Distrito Policial (Ceasa), onde segue em investigação. Não foram dados detalhes sobre o motivo do crime ocorrido dentro do presídio.

Entenda o caso

Silva Rosas confessou que cometeu o crime depois de se desentender com a jovem e esganá-la até a morte, segundo a polícia. O caso aconteceu no dia 24 de março, na casa do pai da menina.

De acordo com a polícia, o suspeito contou em depoimento que ele e a filha, Rayssa Santos da Silva, teriam começado uma briga após o homem entender que a jovem estava incentivando a mãe, separada de Wellington, a namorar outras pessoas. Segundo as investigações, o homem não aceitava a separação, que teria acontecido há menos de um ano.

Ele também teria confessado que foi ao trabalho no dia seguinte, 25 de março, e manteve o corpo da filha no seu apartamento, na Rua Santo Amaro, na Bela Vista, centro da capital paulista, até o período da noite. Por volta das 20h do mesmo dia, ele disse ter colocado o corpo da filha em uma caixa de papelão e transportado o cadáver com o auxílio de um carrinho até a alça que dá acesso à Avenida 23 de Maio.

O corpo foi encontrado na manhã do dia 26 de março. O cadáver estava carbonizado e a suspeita é de que o pai de Rayssa teria ateado fogo no corpo da filha ou pagado para um homem em situação de rua fazer o serviço.

O pai da jovem foi autuado em flagrante pela destruição de cadáver, e a Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa instaurou um inquérito e pediu à Justiça a prisão preventiva do suspeito pelo homicídio triplamente qualificado - por asfixia, por ser cometido por um meio em que a vítima não pode se defender e por feminicídio.

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